Que índice Big Mac que nada! No Rio de Janeiro, é o frango de padaria, geralmente servido com farofa e batata calabresa que dá um gostinho de como anda a economia carioca. Este ano, ele está mais salgado em Bento Ribeiro, onde chega a ser servido a R$ 77,99. Já Ricardo de Albuquerque e Santa Teresa têm o menor valor: R$ 25. Na média, o custo do frango é R$ 45,23. Os dados fazem parte do Índice Frangão Carioca, elaborado pela Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento (SMFP) e do Instituto Fundação João Goulart (FJG). O levantamento comparou quanto se cobra pela refeição em 190 estabelecimentos de 161 bairros e identificou uma variação de até R$ 53 de região para região.
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O Índice Frangão Carioca foi criado no ano passado, inspirado no Big Mac Index – medida criada pelo The Economist em 1986 para avaliar a estabilidade de moedas pelo mundo, com base na teoria da paridade do poder de compra. Segundo a prefeitura, o objetivo da pesquisa é entender o consumo no Rio, a partir de uma perspectiva de comprometimento de renda, observando o alimento dominical mais presente na mesa das famílias cariocas: o frango de padaria, que na verdade também é vendido em bares e mercados, conhecido popularmente como “televisão de cachorro”.
O levantamento também buscou medir qual é o peso da refeição no bolso do consumidor. Um morador do Jacarezinho, por exemplo, compromete 13,39% da sua renda com o alimento, enquanto no Joá, o comprometimento da renda é de apenas 0,57%. A variação dos preços pode impactar até aproximadamente 23 vezes no comprometimento de renda do cidadão, dependendo dos bairros em comparação. Por exemplo, se o morador do Joá fosse comprometer 13,39% de sua renda na compra de um frango assado, como acontece com o morador do Jacarezinho, ele pagaria R$ 835 por um frango de padaria.
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“Em 2022, o índice foi calculado a partir de uma busca ativa por informações em diversas fontes de dados. Já em 2023, a coleta de dados foi feita por uma única plataforma, alcançando um número maior de estabelecimentos. Outra mudança para este ano foi a opção metodológica de tratar o indicador do índice como um número puro em vez de um percentual, como era no ano passado”, explicou a presidente do Instituto Fundação João Goulart, Rafaela Bastos, destacando que a ferramenta é mais uma ferramenta com nível censitário relevante para a formulação de políticas públicas mais assertivas para cada região da cidade.