O longo drama do zoológico do Rio ganha um novo capítulo. A prefeitura divulgou na terça (19) edital para a licitação para candidatas a gerir o parque. Fechado ao público desde quinta (14), a instituição embargada pelo Ibama ainda não previsão de reabrir os portões. Os graves problemas já foram expostos em reportagem de capa de VEJA RIO em março de 2015. A instituição que chegou a ser pioneira no país não está seguindo normas que adequam as funções educacionais, científicas e de conservação das espécies.
A empresa que assumir a administração deverá investir R$ 68 milhões nos próximos dois anos e promover mudanças como a instalação de vidros de alta resistência nas jaulas dos felinos, no lugar das grades e a criação de uma tirolesa de 14m de altura e 60 de extensão, sobrevoando o lago dos jacarés. Ainda há sugestão da criação de restaurante para 150 pessoas, café e um cinema 4D com exibição de documentários sobre animais.
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A administração municipal suspendeu a licitação das obras que estava em curso para a readequação dos espaços, tendo em visto que pretende publicar próxima semana o edital para licitação da concessão ao setor privado para gestão e operação do Rio Zoo. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente já entrou com recurso a fim de suspender o embargo de visitação pública estabelecido pelo Ibama.
Entre os problemas relatados na visita dos agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente estavam animais machucados, instalações precárias, larvas de inseto nas águas e falta de manutenção nos recintos. O Ibama ainda aplicou A multa diária de R$ 1 mil até que o problemas fossem solucionados. Em outubro de 2015, a secretaria de meio ambiente foi autuada em R$ 1 milhão por não cumprir uma notificação para iniciar as obras de reforma no Zoológico do Rio, que deveria ter sido concluída em agosto.