A significativa piora no sistema de ônibus é uma das maiores dores de cabeça do carioca. Agora, um projeto da prefeitura promete racionalizar a distribuição de linhas na Zona Sul. O projeto pretende implementar um novo plano para a frota na região e deve entrar em funcionamento a partir do segundo semestre.
Com prazo de finalização fixado para junho, a Secretaria Municipal de Transportes quer acabar com a sobreposição das linhas, tirando de circulação 700 coletivos da região. A definição das linhas que saem do sistema está em fase de detalhamento.
Atualmente, são 123 linhas que reúnem aproximadamente dois mil ônibus. Desse total, 78 linhas serão eliminadas reduzindo 35% da frota. Com as alterações, a Zona Sul será atendida por 45 linhas, das quais 20 serão criadas especialmente para atender o novo modelo e 24 terão seus trajetos encurtados.
A mudança será feita de forma gradativa durante o segundo semestre, substituindo as linhas atuais e informando os usuários das modificações. Não haverá mudanças no trânsito.
Dois grandes corredores principais vão concentrar a maioria das linhas. São eles: Leblon, Ipanema, Copacabana e Centro, via Aterro do Flamengo; e São Conrado, Gávea, Jardim Botânico, Botafogo e Centro, via Praia do Flamengo. Serão criadas linhas integradoras para ligar os bairros da Zona Sul ao Maracanã e à Rodoviária Novo Rio via Lagoa e túneis Rebouças e Santa Bárbara.
Também será criada uma linha circular dentro da Zona Sul para evitar o transbordo de passageiros cujo destino não dependa da passagem pelos corredores troncais.
A linha circular irá atender os bairros que ficam fora dos corredores principais, como Cosme Velho e Urca, além das orlas de Copacabana, Ipanema e Leblon.
Algumas regiões contarão com linhas alimentadoras, como Rocinha, Vidigal, Horto e Leme. As linhas que partem hoje da Rocinha ou do Vidigal serão mantidas, sem alterações. As que saem da Barra da Tijuca com destino ao Centro via Zona Sul terão trajetos encurtados, passando a circular apenas pelo trecho Barra-Zona Sul.
A prioridade do novo sistema é retirar da frota os ônibus que não são dotados de ar-condicionado. Aqueles que já estiverem equipados com a climatização e a acessibilidade requeridos pela legislação municipal, serão aproveitados.