Pressionado pelas manifestações populares, o prefeito Eduardo Paes se viu obrigado a tomar medidas em relação aos contratos estabelecidos entre a Prefeitura e as empresas de ônibus que operam na cidade. Foi anunciado em coletiva de imprensa, nesta terça (25), o Pacto pela Transparência nos Transportes.
Entre as medidas, estão a criação do Conselho Municipal de Transportes, do qual participarão membros da sociedade civil; da Comissão Especial de Assessoramento, que terá representantes da Coppe/UFRJ, da PUC-Rio e da FGV; e do site https://www.transparenciadamobilidade.rio.rj.gov.br, onde serão disponibilizados documentos e informações relativos à operação do sistema de ônibus no Rio. O prefeito disse ainda que não subsidiará as empresas de ônibus, mesmo com a redução da tarifa de R$2,95 para R$2,75, e afirmou que será obrigatória a contratação de auditorias externas independentes por parte dos consórcios.
No mesmo dia em que Eduardo Paes anunciou as medidas, foi protocolada a CPI dos Ônibus, proposta pelo vereador Eliomar Coelho (Psol), que tem o objetivo de investigar irregularidades nos contratos entre a Prefeitura do Rio e as empresas de ônibus que atuam na cidade. Após forte apoio popular, o documento conseguiu reunir 27 assinaturas, dez a mais que as 17 necessárias para a comissão sair do papel.