Entre 2002 e 2013, a poluição das águas da Baía de Guanabara levou à redução de 68% no volume de peixes pescados. Isso, somado aos gastos com saúde pública e à desvalorização dos imóveis localizados na beira da Baía, resultou num prejuízo de 31 bilhões de reais ao estado do Rio. Os dados estão em um estudo do economista Riley Rodrigues, assessor especial da Casa Civil do Governo do Rio de Janeiro.
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No caso da saúde pública, entram na conta os gastos com internações causadas por doenças relacionadas às falhas no saneamento básico, como infecções gastrointestinais, e o impacto delas na renda e produtividade do trabalhador e na educação. As estimativas também consideram a possível valorização imobiliária no entorno da Baía de Guanabara com sua melhoria ambiental.
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Segundo Alexandre Anderson, presidente da Associação Homens do Mar (Ahomar), muitos pescadores abandonaram a prática para buscar outros meios de vida. “O impacto foge da praia. Está no comércio fechado por falta de turistas. Das famílias que são obrigadas a sair e fazer uma migração forçada, involuntária. Temos muitas casas abandonadas porque os pescadores precisaram sair para buscar seu sustento. Foram para a capital trabalhar como pedreiro, ajudante de obra e saíram da região”, afirmou ele, que atua em Magé, ao jornal Diário do Porto.