A Cidade Maravilhosa tem a maior floresta urbana do mundo, com mais de 35 mil hectares de Mata Atlântica que cobrem 29% de seu território. Mas devido ao desmatamento provocado pela expansão urbana, a cidade perdeu cobertura vegetal, expondo seus moradores a poluição, enchentes e deslizamentos.
Segundo a Prefeitura, a cidade do Rio tem umas 18 mil moradias em áreas de alto risco em 117 comunidades e é o empenho individual que tem ajudado a mudar a realidade. “É gratificante para mim e todos os moradores ver que nos anos de 1980 aconteciam acidentes fatais, que não ocorrem mais graças ao reflorestamento “, afirma Djair dos Santos, 66, morador do Morro da Formiga (Tijuca, Zona Norte do Rio), há 14 anos encarregado do Mutirão que recuperou 80 hectares no morro em que mora.
Em 26 anos, o programa da Prefeitura reflorestou mais de 2.200 hectares em cerca de 140 pontos da cidade, a maioria em comunidades carentes. Atualmente, o projeto está presente em cerca de 150 comunidades distribuídas em todas as áreas da cidade, como os morros do Alemão, Formiga, Santa Marta, Babilônia, Borel, Rocinha, Salgueiro e Dendê. Com um contingente de 800 trabalhadores, mantém uma área implantada superior a 2.000 hectares, onde foram plantadas mais de seis milhões de mudas de espécies florestais.
Apoio extra
A prefeitura do Rio de Janeiro e o Banco Mundial fizeram uma parceria para ampliar os esforços de reflorestamento nos morros da cidade, onde normalmente há favelas. Cerca de 1,2 milhão de pessoas – 22% da população do município – vivem nessas áres e cerca de 300 mil pessoas estão em condições insalubres, uma consequência direta do desmatamento urbano.
“O reflorestamento nos morros do Rio é feito desde 1980, mas, para alcançar as áreas mais altas, a cidade precisa de recursos e assistência técnica. Com os créditos de carbono, é criada uma fonte de renda que sustenta esses esforços”, explica Franka Braun, especialista em financiamento de carbono no Banco Mundial, acrescentando que “nessa nova etapa do reflorestamento urbano, o Banco ajuda a prefeitura do Rio a desenvolver os aspectos relacionados à contagem, ao sequestro e ao financiamento de carbono”.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente vem medindo o potencial de ampliação do reflorestamento nas zonas mais distantes da cidade. Essas áreas precisam atender não só aos requisitos do Rio Capital Verde, mas também aos do Padrão Verificado de Carbono. Cerca de 5 mil hectares se encaixam nesses critérios.
Para as Olimpíadas
Uma das ações de preparação para a cidade se tornar a sede dos Jogos Olímpicos de 2016 é o Projeto Reflorestamento de encostas. Entre os anos de 2010 e 2012, dois milhões de novas mudas foram plantadas na cidade, especialmente na Zona Oeste, uma das mais degradadas do município. Além de 800 trabalhadores, o programa conta também com o auxílio de moradores das mais de 150 comunidades que foram beneficiadas. Buscando diminuir o risco de deslizamentos e aumentar a segurança da população, a meta dos próximos quatro anos é replantar mais 600 hectares, sendo 150 a cada ano até 2016.
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Como funciona o programa:
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Seja um voluntário
Conheça alguns projetos que estão esperando você!
Parque Nacional da Tijuca
https://www.corcovado.org.br/voluntariado.php
O Programa de Voluntariado do Parque Nacional da Tijuca busca a conservação de uma das Unidades de Conservação mais conhecidas do país. Os limites do Parque se estendem por uma área de 39,53 km², onde estão o Corcovado, Pedra da Gávea, Vista Chinesa e Pico da Tijuca, entre muitos outros.
Projeto Reflorestamento Tinguá
https://www.facebook.com/RedeSustentavell/info
A meta do Projeto Tinguá é plantar 100.000 mil mudas até o ano de 2016 em áreas degradadas no entorno da Reserva do Tinguá, Serra de Madureira e APAs da Baixada Fluminense.
Pão de Açúcar Verde
https://paodeacucarverde.blogspot.com.br/
Os mutirões mensais que acontecem no primeiro domingo do mês, quando os voluntários participam diretamente do processo de reflorestamento nas faces leste e sul do Morro Pão de Açúcar.
A Cidade Maravilhosa tem a maior floresta urbana do mundo, com mais de 35 mil hectares de Mata Atlântica que cobrem 29% de seu território. Mas devido ao desmatamento provocado pela expansão urbana, a cidade perdeu cobertura vegetal, expondo seus moradores a poluição, enchentes e deslizamentos.
Segundo a Prefeitura, a cidade do Rio tem umas 18 mil moradias em áreas de alto risco em 117 comunidades e é o empenho individual que tem ajudado a mudar a realidade. “É gratificante para mim e todos os moradores ver que nos anos de 1980 aconteciam acidentes fatais, que não ocorrem mais graças ao reflorestamento “, afirma Djair dos Santos, 66, morador do Morro da Formiga (Tijuca, Zona Norte do Rio), há 14 anos encarregado do Mutirão que recuperou 80 hectares no morro em que mora.
Em 26 anos, o programa da Prefeitura reflorestou mais de 2.200 hectares em cerca de 140 pontos da cidade, a maioria em comunidades carentes. Atualmente, o projeto está presente em cerca de 150 comunidades distribuídas em todas as áreas da cidade, como os morros do Alemão, Formiga, Santa Marta, Babilônia, Borel, Rocinha, Salgueiro e Dendê. Com um contingente de 800 trabalhadores, mantém uma área implantada superior a 2.000 hectares, onde foram plantadas mais de seis milhões de mudas de espécies florestais.
Apoio extra
A prefeitura do Rio de Janeiro e o Banco Mundial fizeram uma parceria para ampliar os esforços de reflorestamento nos morros da cidade, onde normalmente há favelas. Cerca de 1,2 milhão de pessoas – 22% da população do município – vivem nessas áres e cerca de 300 mil pessoas estão em condições insalubres, uma consequência direta do desmatamento urbano.
“O reflorestamento nos morros do Rio é feito desde 1980, mas, para alcançar as áreas mais altas, a cidade precisa de recursos e assistência técnica. Com os créditos de carbono, é criada uma fonte de renda que sustenta esses esforços”, explica Franka Braun, especialista em financiamento de carbono no Banco Mundial, acrescentando que “nessa nova etapa do reflorestamento urbano, o Banco ajuda a prefeitura do Rio a desenvolver os aspectos relacionados à contagem, ao sequestro e ao financiamento de carbono”.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente vem medindo o potencial de ampliação do reflorestamento nas zonas mais distantes da cidade. Essas áreas precisam atender não só aos requisitos do Rio Capital Verde, mas também aos do Padrão Verificado de Carbono. Cerca de 5 mil hectares se encaixam nesses critérios.
Para as Olimpíadas
Uma das ações de preparação para a cidade se tornar a sede dos Jogos Olímpicos de 2016 é o Projeto Reflorestamento de encostas. Entre os anos de 2010 e 2012, dois milhões de novas mudas foram plantadas na cidade, especialmente na Zona Oeste, uma das mais degradadas do município. Além de 800 trabalhadores, o programa conta também com o auxílio de moradores das mais de 150 comunidades que foram beneficiadas. Buscando diminuir o risco de deslizamentos e aumentar a segurança da população, a meta dos próximos quatro anos é replantar mais 600 hectares, sendo 150 a cada ano até 2016.
(Incluir galeria com fotos de algumas encostas revitalizadas. Fotos: Rio Cidade Olímpica)