Cidade que enfrenta enormes desafios em transportes, saúde e educação e infraestrutura, o Rio tem em sua Câmara de Vereadores um festival de irrelevância. É o que mostra o levantamento feito pela ONG Transparência Brasil, que desde 2002 pesquisa projetos de lei propostos pelos vereadores da cidade. De acordo com a ONG, que fiscaliza a atividade política em todo país, apenas três tiveram mais da metade de suas propostas consideradas relevantes: Chiquinho Brazão (PMDB), Andrea Gouvêa Vieira (PSDB) e Carminha Jerominho (PT do B). No pior desempenho, com 99% de projetos irrelevantes, estão José Everaldo (PMN). Doutor João Ricardo (PSDC) e Doutor Edison da Creatinina (PV).
Para a metodologia, a ONG considerou irrelevantes homenagens a pessoas e instituições, criação de honrarias, datas comemorativas, homenagens, batismo de vias públicas, pedidos de convocação de sessões solenes e especiais e declaração de cidades-irmãs.Entre as propostas bizarras estão a de Eider Dantas (DEM) pela criação de banheiros exclusivos para crianças e a de Rosa Fernandes (PMDB), que propôs cotas em concursos públicos para quem já passou dos 40 anos.