Como a Polícia Civil descobriu quadrilha que furtava e revendia roupas
Grupo roubava peças de loja de departamentos para vendê-las na internet a preços mais baixos; prejuízo é superior a R$ 1 milhão

Policiais civis da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) realizaram, na manhã desta segunda (9), uma ação contra um grupo de sete pessoas acusado de aplicar golpes em lojas da Renner no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. De acordo com as investigações da ‘Operação Clearance’, os crimes causaram um prejuízo superior a R$ 1 milhão à rede de lojas de deparamento. Ao todo, os agentes cumpriram 10 mandados de busca e apreensão em diferentes endereços na Zona Norte do Rio e na Região dos Lagos, mas ninguém foi preso. Segundo a polícia, em uma residência em Irajá, na Zona Norte, os agentes encontraram várias roupas furtadas.
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As investigações ainda apontam que o grupo é chefiado por um casal há pelo menos 3 anos. Eles furtavam as peças de roupa para vendê-las na internet a preços abaixo das lojas. A quadrilha chegou a criar três perfis nas redes sociais para divulgar os materiais, realizar encomendas e até captar novos clientes. Os furtos aconteciam nos provadores das lojas. Para não levantar suspeitas, os investigados buscavam os estabelecimentos para fazer trocas de produtos comprados legalmente. Durante a suposta troca, eles furtavam outros produtos de maior valor e os escondiam em bolsas. Em seguida, saiam sem ser notados. Para realizar as transações, eles chegaram a utilizar um CPF falso. A DRCI pediu à Justiça do RJ o bloqueio dos perfis e o sequestro dos bens dos acusados, além da prisão dos envolvidos. Porém, de acordo com o delegado Luiz Lima Ramos Filho, em entrevista ao jornal O Dia, o pedido de detenção não foi acatado.
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Nas redes sociais, a quadrilha ainda usava a imagem de terceiros para fazer a venda dos produtos. Uma das vítimas, a influenciadora Bruna Alves, publicou um vídeo no Instagram explicando que suas fotos estavam sendo usadas de maneira indevida. “Uma quadrilha furtava roupas em loja de departamento, criava perfis na internet e vendia essas peças. Só que eles usavam imagens de pessoas usando as peças e uma dessas pessoas fui eu”, disse ela, que tem 80 mil seguidores: “Eu não faço nenhum tipo de venda a não ser pelos links aqui do meu perfil”.