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Quadrilha suspeita de dar golpes em mulheres é presa no Leblon

Promessa era a de transformá-las em modelos; os quatro presos ofereciam serviço de agenciamento e sessões de fotos por valores entre R$ 1,2 mil e R$ 5 mil

Por Da Redação
17 Maio 2023, 13h19
O material apreendido no escritório onde os suspeitos foram presos
Material apreendido no escritório da Pixel: mais de cem fichas de mulheres cadastradas. (Internet/Reprodução)
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Em dezembro de 2021, uma mulher procurou a 16ª DP (Barra da Tijuca) para uma empresa para que disse ter pagado R$ 5 mil, em dez parcelas, para assinar um contrato de prestação de serviços com a Elite Model. A mulher contou que percebeu ter sido vítima de um golpe quando a agência fechou e mesmo assim continuou a cobrar as parcelas dos contratados. No mesmo mês, outra vítima procurou a 32ª DP (Jacarepaguá) e contou que foi contatada, por WhatsApp por uma mulher que se identificou como produtora de elenco da Elite Model, que a teria selecionado por meio de uma rede social. Ela recebeu a proposta de assinar um contrato por 12 meses pagando R$ 2 mil, divididos em dez vezes. E chegou a fazer uma sessão de fotos, mas não recebeu o material e, ao pedir o cancelamento do serviço e a devolução do que havia sido pago, não obteve resposta. A quadrilha suspeita de dar esses golpes em mulheres com idades entre 40 e 80 anos foi presa nesta terça (16), por policiais da 14ª DP (Leblon).

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Hugo de Larnes Nogueira, Jaqueline Ribeiro da Silva, Carlos Denis de Arruda Feldman e Ketlen Maia Rodrigues Ferreira Maciel. Segundo o jornal O Globo, os quatro estavam reunidos com vítimas num escritório alugado pela empresa Pixel Produções na Rua General Artigas, no Leblon, quando os agentes chegaram. Os policiais haviam recebido uma denúncia anônima. Contra Denis Feldman havia 16 anotações criminais em São Paulo e outras seis no Rio por estelionato — esses crimes, de acordo com a 14ª DP, foram praticados juntos com o pai dele, Carlos Denis de Arruda Feldman. No local havia três mulheres que já tinham entregue R$ 1,2 mil pelo contrato e outras quatro que esperavam o momento de fazer o pagamento. Para enganar as vítimas, os suspeitos diziam ter como clientes marcas famosas. Foram apreendidas mais de cem fichas de mulheres.

Conforme os registros, pai e filho, junto com outros funcionários, usavam a empresa Elite Model — nome conhecido no meio da moda — para cobrar das vítimas o dinheiro para os books que poderiam levá-las a participar de campanhas publicitárias. Os suspeitos, após receberem a quantia pedida, encerravam o contato com as mulheres. Há algum tempo eles fecharam a Elite Model e abriram a Pixel Produções. De acordo com a delegada, antes do escritório no Leblon, a quadrilha agia na Taquara. “Eles vão abrindo CNPJs com nomes de empresas, depois fecham e se mudam”, disse ela ao Globo, acrescentando que a quadrilha estava abrindo uma nova agência voltada para crianças.

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Em postagem feita no perfil do Instagram da Pixel, os suspeitos afirmavam ter uma “equipe especializada” para produção de fotos e conteúdos de modelos e influenciadoras agenciadas por eles. Eles também ofereciam serviço de maquiagem. Eles apresentavam a empresa como uma “produtora de conteúdo para marcas e gerenciamento de carreira para atores, modelos e influenciadores digitais”. E prometiam “soluções completas de produção de conteúdo e fotos de grande volume para pequenas, médias e grandes empresas”. Ofereciam, ainda, “espaços e estúdios instagramáveis” no Itaim Bibi, bairro nobre na Zona Oeste de São Paulo.

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