O estado do Rio encara uma alta no número de casos de leptospirose. Até o dia 20 de fevereiro, foram registrados 302 casos da doença infecciosa, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES). O aumento é de 54% em relação ao ano passado, que contabilizou 196 ocorrências.
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Os mais afetados são os moradores de municípios da Baixada Fluminense, como Belford Roxo, onde 60 casos foram registrados em menos de 60 dias. Em Nova Iguaçu, seis pessoas contraíram a leptospirose e duas delas morreram devido à doença. Já em São João de Meriti, foram registrados onze casos e uma morte entre janeiro e fevereiro.
A secretaria afirmou que realiza um monitoramento semanal da doença no estado, por meio de tecnologias do Centro de Inteligência em Saúde, e que também presta apoio na investigação das mortes suspeitas.
A leptospirose é geralmente transmitida a partir do contato direto ou indireto – por meio de uma água contaminada, por exemplo – com a urina de alguns animais, como ratos. As enchentes e inundações no período de chuvas facilitam a disseminação da doença e a ocorrência de surtos.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, os sintomas aparecem em duas fases: precoce e tardia. Na primeira, as manifestações mais comuns são febre, dor de cabeça, dor muscular, principalmente nas panturrilhas, falta de apetite, náuseas/vômitos. Podem ocorrer relatos também de diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular e tosse.
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Cerca de 15% dos pacientes podem evoluir para casos mais graves. Nestas situações, a manifestação clássica é a síndrome de Weil, caracterizada pela tríade de icterícia (que deixa os olhos amarelados), insuficiência renal e hemorragias, gerando a possibilidade de internação hospitalar.