O cineasta Kleber Mendonça Filho é responsável por um dos maiores sucessos do cinema nacional. Com Sonia Braga no elenco, Bacurau, lançado em 2019, arrecadou 3,2 milhões de dólares em bilheteria ao redor do mundo. Kleber também faz a curadoria dos filmes exibidos nos institutos Moreira Salles (Rio e São Paulo) e a pedido da VEJA RIO separou dez filmes brasileiros para assistir na quarentena.
Vamos conferir?
Branco Sai Preto Fica (2015, na Netflix):
Tiros em um baile de black music na periferia de Brasília ferem dois homens, que ficam marcados para sempre. Um terceiro vem do futuro para investigar o acontecido e provar que a culpa é da sociedade repressiva.
Cinema, Aspirinas e Urubus (2005, na Netflix):
Em 1942, no meio do sertão nordestino, dois homens vindos de mundos diferentes se encontram. Um deles é Johann (Peter Ketnath), alemão fugido da 2ª Guerra Mundial, que dirige um caminhão e vende aspirinas pelo interior do país. O outro é Ranulpho (João Miguel), um homem simples que sempre viveu no sertão e que, após ganhar uma carona de Johann, passa a trabalhar para ele como ajudante. Viajando de povoado em povoado, a dupla exibe filmes promocionais sobre o remédio “milagroso” para pessoas que jamais tiveram a oportunidade de ir ao cinema. Aos poucos surge entre eles uma forte amizade.
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Temporada (2018, na Netflix):
Juliana (Grace Passô) está saindo de Itaúna, no interior de Minas Gerais, para morar em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Seu novo emprego, em que ela combate endemias da região, cria situações pouco usuais e apresenta a ela pessoas novas, que começam a mudar sua vida. Se adaptando à nova rotina, ela enfrenta dificuldades no relacionamento com seu marido, que também vai para a cidade grande.
Dona Flor e Seus Dois Maridos ( 2017, na Amazon Prime):
A sedutora Dona Flor (Juliana Paes) é uma professora de culinária de Salvador. Ela é casada com Vadinho (Marcelo Faria), que morre, então ela acaba se casando novamente com o farmacêutico Teodoro (Leandro Hassum). Quando Vadinho volta em espírito, Dona Flor fica dividida do que fazer com os dois maridos.
Garrincha Alegria do Povo (1962, na Amazon Prime):
Documentário sobre um dos jogadores mais famosos da história do futebol: Garrincha. Com cenas clássicas do homem em ação nos campos, defendendo o escudo do Botafogo e da Seleção Brasileira, o filme também traz raras imagens de seu cotidiano.
Bye Bye Brasil (1979, na Amazon Prime):
Salomé (Betty Faria), Lorde Cigano (José Wilker) e Andorinha são três artistas ambulantes que cruzam o país juntamente com a Caravana Rolidei, fazendo espetáculos para o setor mais humilde da população brasileira e que ainda não tem acesso à televisão. A eles se juntam o sanfoneiro Ciço (Fábio Jr.) e sua esposa, Dasdô (Zaira Zambelli), e a Caravana cruza a Amazônia até chegar a Brasília.
Pixote: A lei do mais fraco (1981, no Spcineplay):
Pixote (Fernando Ramos da Silva) foi abandonado por seus pais e rouba para viver nas ruas. Ele já esteve internado em reformatórios e isto só ajudou na sua “educação”, pois conviveu com todo os tipos de criminosos e jovens delinquente. Ele sobrevive se tornando um pequeno traficante de drogas, cafetão e assassino, mesmo tendo apenas onze anos.
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Muro de Tião (2008, na Vimeo):
O curta-metragem pernambucano é um filme de gênero experimental e classificação livre. A descrição feita pelo diretor da obra, Tião, é: “Alma no vazio, deserto em expansão.
O Beijo da Mulher Aranha (1985, no spcineplay):
Em uma prisão na América do Sul, dois prisioneiros dividem a mesma cela. Um é homossexual e está preso por comportamento imoral e o outro é um prisioneiro político. O primeiro, para fugir da triste realidade que o cerca, inventa filmes cheios de mistério e romance, mas o outro tenta se manter o mais politizado possível em relação ao momento que vive. Mas esta convivência faz com que os dois homens se compreendam e se respeitem.
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Edificio Master (2002, no Looke):
O cotidiano dos moradores do Edifício Master, situado em Copacabana, a um quarteirão da praia. O prédio tem 12 andares e 23 apartamentos por andar. Ao todo são 276 conjugados, onde moram cerca de 500 pessoas. Eduardo Coutinho e sua equipe entrevistaram 37 moradores e conseguiram extrair histórias íntimas e reveladoras de suas vidas.