Um radiologista foi preso em flagrante, na noite desta quarta (01), acusado de ter abusado sexualmente de uma paciente de 26 anos, durante a realização de um exame em uma clínica particular em Copacabana. Martinho Gomes de Souza Neto, de 32 anos, foi conduzido para a delegacia depois que a jovem chamou a Polícia Militar. Contra ele, já constava uma denúncia pelo crime de violação sexual.
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Martinho teria dito à vitima que identificara um cisto durante o exame transvaginal, mas que estava com dificuldade para visualizar o ovário. O radiologista teria pedido para ela mesma tentar “se encostar”. E ela desconfiou que aquele não era um procedimento normal quando o radiologista perguntou se ela estava gostando. “Neste momento, ele ficou um pouco agressivo e disse: ‘não é assim, deixa eu te mostrar como é que faz’. E começou a tocar minha parte íntima“, contou a paciente, identificada como Cris, em entrevista ao RJ-TV. A jovem – que é brasileira, mas mora nos Estados Unidos e passa uma temporada no Rio – contou ainda que chegou a digitar no celular “acho que ele abusou de mim” e mostrou para uma recepcionista que entrou na sala do exame, mas a funcionária não teria esboçado reação.
De acordo com a PM, por volta das 19h, equipes do 19º BPM (Copacabana) foram acionadas para verificar uma ocorrência de violação sexual na Clínica da Cidade, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana. No local, Cris relatou aos policiais que o médico tocou suas partes íntimas sem consentimento e sem luvas, quando ela fazia uma ultrassonografia transvaginal. Os agentes levaram a paciente e o radiologista para 12ª DP (Copacabana), onde os dois, assim como funcionários da clínica, prestaram depoimento. Para a polícia, Martinho negou as acusações e disse que a conduta era padrão nesse tipo de exame.
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Levada posteriormente pelos policiais para o Instituto Médico-Legal (IML), Cris passou por exame de corpo de delito. Ela também culpa o local onde fez o exame, por não ter checado os antecedentes criminais de Martinho, que tem passagem pela polícia por importunação sexual a uma mulher que também teria sido abusada sexualmente dentro de uma clínica, em setembro de 2020. Ele agora vai responder por violação sexual mediante fraude, sujeito a pena de dois a seis anos de prisão. A polícia já pediu a conversão da prisão em flagrante para preventiva. A Clinica da Cidade diz que lamenta qualquer episódio de violência contra a mulher e que esta foi uma ocorrência isolada que está sob investigação.