Rio fica entre os estados com maior incidência de raios do país
De janeiro a março, Brasil registrou 21,4 milhões de descargas elétricas, o que levou a 21 mortes; para-raios é obrigatório em prédios com mais de 30 metros
Líder mundial de incidência de raios, com média de 77 milhões de ocorrências por ano, só nos três primeiros meses de 2022 o Brasil registrou 21,4 milhões de descargas elétricas deste tipo. E, segundo dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Rio de Janeiro, assim como Santa Catarina e Tocantins, é dos estados com mais incidências.
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As ocorrências registradas neste ano já foram responsáveis por 21 mortes. Não por acaso, o coordenador da Cipa Síndica, Bruno Gouveia, alerta para a necessidade de os condomínios investirem num Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), conhecido como pára-raios, para evitar danos causados pelas descargas elétricas.
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“O uso de para-raios é obrigatório para prédios com mais de 30 metros de altura, conforme o Código de Segurança contra Incêndio e Pânico, desde 1976. De acordo com a Defesa Civil, um raio ou relâmpago pode ser considerado a mais violenta manifestação da natureza. Numa fração de segundos, um raio pode produzir uma carga de energia cujos parâmetros chegam a atingir valores tão altos quanto 125 milhões de volts, 200 mil ampères, 25 mil graus Celsius“, explica Gouveia, lembrando que, quando um raio atinge uma edificação protegida, a descarga percorre o equipamento, chega ao sistema de cabos e continua até o solo, onde se dispersa e perde força. Segundo ele, se um funcionário ou morador estiver na cobertura de um prédio que não tenha um aterramento adequado, pode ser atingido. Também há a possibilidade de acidentes dentro de casa, se o sistema de pára-raios não estiver funcionando adequadamente: “As pessoas podem tomar choque ao mexer em aparelhos de celular ligados à tomada ou usar secadores de cabelo, por exemplo”, adverte.