Foram assinados nesta terça (30) os primeiros contratos do programa Reviver Centro Cultural, da prefeitura, que incentiva a ocupação de sobrados e casarões antigos do Rio que estavam desocupados. No total, 82 projetos foram credenciados para participar.
A ideia é que eles recebam centros culturais, galerias, livrarias, escolas de dança e outras ocupações artísticas que queiram se instalar no Centro. Os critérios utilizados foram: sustentabilidade financeira no longo prazo, a forma de ocupação, o nível de interação com o espaço público e a capacidade de operar em horários alternativos (à noite e nos fins de semana).
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O programa é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico e da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar). Para realizá-lo, primeiro foram mapeadas as lojas vazias e sem funcionamento, no quadrilátero entre as avenidas Presidente Vargas, Rio Branco e Primeiro de Março; a rua da Assembleia e o trecho da Orla Conde.
Dos 136 imóveis fechados, 39 endereços foram registrados. A prioridade foi para as lojas térreas e viradas para a rua. A maioria dos prédios é histórica e data do século XIX e ao início do XX, com características da arquitetura clássica e neoclássica. Muitos ficaram fechados por anos.
Em seguida, a prefeitura abriu inscrições para projetos artísticos e culturais. Os que estão habilitados ficam responsáveis pela negociação do aluguel dos imóveis e pela apresentação do contrato de locação junto à prefeitura.
Após a assinatura do contrato, para incentivar os novos ocupantes, a prefeitura vai pagar reformas de até 192 000 reais (1 000 reais por metro quadrado) e até 14 400 reais mensais (75 reais por metro quadrado) para cobrir despesas como aluguel e energia elétrica por, no máximo, quatro anos.
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Uma das contrapartidas exigidas é ficar pelo menos trinta meses no imóvel, tempo padrão para contratos de aluguel, que serão firmados diretamente entre os representantes dos projetos e os proprietários dos imóveis.
Entre os contemplados está o QueeRIOca, comandado por Laura Castro e Cristina Flores, que será uma residência artística para artistas da comunidade LGBTQIA+, que vão produzir e apresentar peças teatrais, shows, exposições, palestras, oficinas e debates. A sede fica na Travessa do Comércio, 16.
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Previsto para abrir no Dia Internacional da Mulher, 8 de março, o espaço terá um bar com música ao vivo, batizado de Angela Ro Ro, e um teatro, que também irá receber sessões de cinema.
Outro projeto selecionado é Centro Carioca de Fotografia, da fotógrafa Renata Xavier, que irá abrigar exposições tendo o Rio como tema principal, além de contar com uma escola de fotografia e um estúdio. A sede será na Travessa do Comércio, 11.
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Bem no corretor cultural que inclui CCBB, Correios e Paço, será inaugrado o o Museu da Caricatura Brasileira. O acervo será a coleção particular do historiador e caricaturista Luciano Magno, autor do livro História da Caricatura Brasileira. Será na Rua Primeiro de Março, 22.
O Arrecife Rio, por sua vez, será um ateliê que abrigará exposições, intervenções artísticas, cursos, workshops, e eventos culturais em geral. O endereço é Rua do Rosário, 61, loja A.
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