Com 293 casos de tentativa de feminicídio registradas em 2022, o estado do Rio alcançou o topo do ranking nacional desse tipo de crime. Em comparação com o ano anterior (264), o número representa um crescimento de 11%. O Rio Grande do Sul, que teve 265 crimes deste tipo (quando mulheres são mortas por serem do sexo feminino) registrados no período, e Minas Gerais, com 194, dividem o triste pódio. Os dados fazem parte da 17ª edição do Anuário de Segurança Pública, lançado nesta quinta (20) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
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O estudo revelou também que o estado continua sendo um dos mais violentos do país, com a segunda colocação no ranking de crimes como estupro; mortes de policiais; e mortes decorrentes de intervenção policial. O líder foi o estado de São Paulo. O ano de 2022 registrou a morte de 28 policiais civis e militares, um número que é quase o triplo do total de agentes de segurança mortos em 2021 (10). Além disso, ficou entre os três piores do Brasil nos registros de feminicídio; tentativa de homicídios contra mulheres; e homicídio doloso.
No levantamento sobre mortes violentas intencionais, o Rio de Janeiro conta com seis cidades entre as 50 mais violentas do país: Itaguaí, Queimados, Angra dos Reis, Macaé, Duque de Caxias e Belford Roxo. Os crimes contra mulheres estão aumentando em todo o estado. O total de feminicídios passou de 85 casos, em 2021, para 111, no ano passado – um aumento que ultrapassou a casa dos 30%. Com tantos casos de homicídios e tentativas de assassinatos, o número de pedidos por medidas protetivas no Judiciário cresceu 11,3%, na comparação entre 2021, quando 42.783 mulheres pediram a proteção do estado contra possíveis agressores, e 2022, quando o total passou de 47,6 mil. O total de medidas protetivas concedidas também cresceu. Nesse caso, o aumento foi de 9,4%.
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O total de casos registrados de assédio sexual no Rio também impressiona: eram 201 e passaram a 338, um aumento de 68,1%. Já o número de crimes de importunação sexual teve um aumento de 42%. Em 2021, foram 1.213 casos, contra 1.723 abusos registrados em 2022. E os registros de estupro cresceram 11%, entre 2021 e 2022. No ano passado, foram 1.590.