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Como será a Rio+30 Cidades, conferência sobre desenvolvimento sustentável

Evento com autoridades globais será realizado nos dias 17 a 19 de outubro para discutir o futuro das cidades e compromissos ambientais e sociais

Por Luiza Maia
Atualizado em 31 mar 2022, 14h44 - Publicado em 31 mar 2022, 14h43
Foto mostra reunião no auditório do museu do amanhã com políticos do Rio de Janeiro
Rio+30 cidades: foco será no desenvolvimento de iniciativas locais em prol do meio ambiente e da sociedade (Fernando Frazão/Agência Brasil)
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Trinta anos após a histórica convenção global Rio 92 e dez anos depois da Rio+20, a capital fluminense receberá nos dias 17 a 19 de outubro deste ano a Rio+30 Cidades, conferência voltada ao desenvolvimento urbano sustentável e inclusivo. Anunciado nesta quarta (30) pela Prefeitura do Rio no Museu do Amanhã, na região do Porto, o evento tem o objetivo de discutir o futuro das cidades pelo mundo, além colocar o Rio como protagonista nos debates sobre iniciativas verdes.

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Segundo o prefeito Eduardo Paes, a agenda ambiental é um passo importante não apenas em prol do meio ambiente, mas para gerar o desenvolvimento econômico e a redução das desigualdades. “Essa é a nossa grande agenda. Só haverá crescimento econômico e diminuição das desigualdades se nós tratarmos deste tema. Não é mais só uma agenda do defensor da natureza. É de toda a sociedade”, afirmou Paes.

Assim como ocorreu na Rio 92, a primeira grande conferência mundial sobre mudanças climáticas e meio ambiente, a Rio+30 receberá autoridades do mundo inteiro, acadêmicos, ativistas, lideranças locais, representantes das comunidades tradicionais e de diferentes setores econômicos para abordar o desenvolvimento sustentável.

Os compromissos discutidos durante a conferência serão consolidados na Carta do Rio, documento que será apresentado na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (Cop-27), marcada para acontecer em Sharm el-Sheikh, no Egito, em novembro de 2022.

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Segundo o secretário do Governo e Integridade Pública, Marcelo Calero, nos três dias de evento serão realizados encontros no Museu do Amanhã e no Museu de Arte do Rio (MAR), além de três armazéns da Zona Portuária. “Um será para debates, outro para as empresas e indústrias apresentarem suas tecnologias e o terceiro será dedicado à sociedade civil”, explicou o secretário.

Nos espaços fechados, a prefeitura espera receber pelo menos 2.000 pessoas. Haverá também atrações em locais abertos, como na Praça Mauá, que se tornará uma arena cultural. Já o Boulevard Olímpico será transformado em um “Boulevard Verde” com atividades para o público geral.

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O evento também receberá de forma simultânea o 8º Fórum Global do Pacto de Milão, que vai trazer discussões sobre políticas locais de incentivo à segurança alimentar. A iniciativa conta com apoio de organizações e redes internacionais como a União das Cidades Capitais Iberoamericanas (UCCI).

Incentivo fiscal

Com a meta de neutralizar as emissões de gás carbônico na cidade a longo e médio prazo, conforme prevê o Plano Estratégico Rio 2021-2024, a prefeitura também anunciou que concederá um incentivo fiscal às empresas envolvidas nas negociações dos créditos de carbono. 

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Nesta sexta (1º), será enviado à Câmara um projeto de lei para reduzir de 5% para 2% o Imposto sobre Serviços (ISS) cobrado para empresas do setor, como certificadoras, auditorias, entre outras, que se instalarem na cidade.

A iniciativa faz parte da criação de uma Bolsa de Valores Verde do Rio, planejada pela prefeitura para incentivar a negociação de ativos financeiros verdes na cidade, como os créditos de carbono. Esses créditos são gerados a cada tonelada de carbono que deixa de ser emitida na atmosfera e podem ser comercializados entre empresas e países que desejam reduzir suas emissões de gases de efeito estufa.

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