De um sonho, tratado no início como um delírio até por seus colaboradores mais próximos, à Disney da música. Para conhecer um pouco mais da trajetória, da filosofia e das práticas que transformaram a marca carioca numa fórmula de sucesso internacional, VEJA RIO participou do Rock in Rio Academy. O evento, que acontece pela terceira vez (teve 2015 no Rio e 2016 em Lisboa) no intervalo entre as duas semanas de festival, é uma imersão de 12 horas na cultura criada e incentivada pelo empresário Roberto Medina.
Promovido em parceria com a HSM Educação Executiva, que organiza alguns dos maiores eventos de gestão do país, o intensivão inclui palestras e workshops com os principais executivos do grupo, patrocinadores e até um fã incondicional da marca. Toda essa parte acontece dentro da cobiçada área vip. O ponto alto do evento, que tem capacidade para 500 pessoas (ingressos a partir de 2 450 reais, incluindo um ingresso para um dia de shows), é uma aula com o próprio Medina, em cima do Palco Mundo.
A proposta não é ensinar, mas inspirar outras pessoas com um projeto que começou como um festival e quer ser a maior plataforma de entretenimento do mundo. Além de conhecerem o estilo ousado e detalhista de uma marca que se mantém jovem há 32 anos, desde o primeiro Rock in Rio, os participantes tiveram os 300 000 metros quadrados da nova Cidade do Rock à sua disposição. Puderam andar nos brinquedos e conhecer os bastidores da estrutura sem a multidão que invade o local nos dias de festa.
De altos executivos a profissionais liberais passando por jovens universitários estavam na plateia. “As pessoas não podem perder a capacidade de sonhar”, frisou Medina em sua palestra. “O Rock in Rio é uma célula do que o Rio e o Brasil podem ser. O nosso país não é este que os políticos estão mostrando, mas o que apesar das dificuldades mostra que sabe fazer e virar o jogo.”
Vinte lições de empreendedorismo e liderança da cultura Roberto Medina:
1 – Sonhe grande e acredite
2 – Para os negócios irem bem, o Rio de Janeiro tem que ir bem
3 – Não se pode aceitar o pré-estabelecido como regra. Tem que ir além, se desafiar
4 – Protocolos são feitos para que pessoas inteligentes possam quebrá-los. O Rock in Rio é o resultado da quebra de protocolos
5 – O fator sorte existe para as pessoas competentes
6 – É preciso ter um propósito claro do que se quer. O Rock in Rio desde o início se propôs a ser um local de convivência e não só um palco de shows
7 – Não tem ideia impossível. Antes de dizer isso é preciso tentar e tentar
8 – O melhor Rock in Rio é sempre o próximo. A busca obsessiva pela superação tem que ser a meta de qualquer negócio
9 – Uma equipe engajada e estimulada pensa junto e reage rápido diante de uma crise. A substituição de Lady Gaga pelo Maroon 5 é um exemplo
10 – Não existe jogo ganho. A perfeição e a inovação têm que serem alvos constantes
11 – A criatividade e o rigor são as melhores ferramentas de gestão
12 – Para ser uma marca relevante não basta ser reconhecida. É preciso gerar repercussão, promover experiências e criar um laço emocional com o público
13 – Mire na perfeição. O bom e o legal não são suficientes
14 – Motivar não é nada mais do que ser justo. Quando uma pessoa da equipe foi mal, cobre, quando foi bem, incentive
15 – Busque cada vez mais e o melhor. Para se alcançar o objetivo é preciso que essa cultura seja cultivada dentro e fora da empresa
16 – Liderar é arte de fazer sucessores
17 – O risco faz parte da vida e de qualquer negócio. Não se vai além ou se cria um grande negócio sem risco
18 – A postura positiva, a criatividade, o espírito colaborativo e o perfeccionismo devem permear qualquer iniciativa
19 – Não despreze a intuição. Normas e mais normas levam a mediocridade
20 – Vale a pena sonhar