Rogério Chor
Como diretor executivo de uma grande empresa construtora, esse engenheiro sabe que apostar na cidade é uma grande jogada
Apesar de filho de um construtor, o carioca Rogério Chor ergueu tijolo por tijolo de sua trajetória profissional com as próprias mãos. Engenheiro formado pela Universidade Santa Úrsula, ele fundou em 1987 a empresa CHL, cuja sede, no começo, ficava numa acanhada sala do escritório da família. Sem dispor de rios de dinheiro para investir, contraiu um empréstimo com o pai e adquiriu um terreno em Campo Grande, onde erigiu um condomínio de 36 casas. As vendas eram um fiasco até que ele teve a ideia providencial de colocar piscinas de plástico nos imóveis. Foi o bastante para virar o jogo. ?Em um mês, vendemos tudo?, recorda. Foi o começo de uma arrancada. Depois de construir diversos prédios na Zona Oeste, ganhou lastro financeiro e na década de 90 expandiu seu negócio pela Zona Sul. Foi igualmente bem-sucedido, a ponto de encerrar o exercício de 2007 com faturamento de 120 milhões de reais. A performance atraiu o assédio de conglomerados do setor, e Chor passou o controle da CHL para um banco de investimento em troca de 550 milhões de reais. Mas se manteve atuante. Hoje, ocupa o cargo de diretor executivo da holding do grupo, que vai fechar o ano com receita estimada em 1 bilhão de reais no Rio. Em 2011, ele esteve à frente dos maiores lançamentos residenciais e comerciais do estado. No município de Itaboraí, pôs no mercado um empreendimento misto de 900 unidades. No bairro de Camboinhas, em Niterói, lançou um condomínio de 400 apartamentos. Com os dois, espera arrecadar 420 milhões de reais. ?No próximo ano, vamos aumentar nossa estrutura e oferecer mais empregos no Rio?, diz ele, divorciado e pai de três filhos.