O Roxy fica. Inaugurado em 1938 e fechado pelo grupo Severiano Ribeiro por causa da pandemia, o cinema está à venda por 30 milhões de reais e pode até mudar de mãos – mas o ramo de atividade terá de ser preservado. A certeza de que o imóvel, uma preciosidade em estilo Art Déco na esquina da Avenida Copacabana com a Rua Bolívar, não deixará de funcionar como sala de exibição veio nesta quinta (17), com a publicação de um decreto publicado no Diário Oficial.
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No documento, a Prefeitura descreve o Roxy como um “marco referencial na cultura cinematográfica da cidade” e um “marco da arquitetura e engenharia modernas” e anuncia que ele passa a fazer parte do Cadastro dos Negócios Tradicionais e Notáveis do Rio. Isso garante um poder de veto a uma eventual tentativa de mudança de ramo – ou seja, qualquer intenção de modificação no negócio precisa ser submetida à autorização prévia do município.
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Entre os integrantes deste grupo de tradicionais e notáveis estão a Leiteria Mineira e a Charutaria Syria, ambas no Centro. O restaurante La Fiorentina foi adicionado em maio. O Roxy é tombado desde 2003, o que garante que seus elementos arquitetônicos não poderiam ser modificados, mesmo se ele virasse uma loja de departamentos, por exemplo. Com o novo decreto, veio a certeza de que ele continuará sendo um cinema. Projetado pelo arquiteto Rafael Galvão há 83 anos, o Roxy originalmente tinha 1.630 lugares numa sala única. Em 1991, foi fechado e reaberto no mesmo ano, com três salas, com capacidade para 800 pessoas cada.
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