O Grupo Severiano Ribeiro jogou a toalha. Depois de meses refutando a informação de que o Roxy, fechado durante pandemia, não iria reabrir, desta vez a empresa não negou que o cinema, inaugurado em 1938, acabou. Quem foi, foi. Agora o imóvel, uma preciosidade em estilo Art Déco na esquina da Avenida Copacabana com a Rua Bolívar, está à venda por cerca de 30 milhões de reais.
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Quem adquirir o espaço, de 2,5 mil metros quadrados, terá toda a liberdade para mudar o ramo de utilização, mas não poderá fazer modificações em vários de seus elementos arquitetônicos. O Roxy foi tombado em 2003, e segundo o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, seus novos donos terão de preservar todos os pilares da entrada, o letreiro externo sobre a entrada; a galeria de entrada com as esquadrias, pisos, escadaria, corrimãos, luminárias originais e seus materiais de revestimento; o jirau da entrada com sua forma, seus corrimãos, luminárias originais e revestimentos; e a cúpula de concreto que encima as salas de projeção.
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Projetado pelo arquiteto Rafael Galvão há 83 anos, o Roxy originalmente tinha 1.630 lugares numa sala única. Em 1991, foi fechado e reaberto no mesmo ano, com três salas, com capacidade para 800 pessoas cada. Ele fechou as portas no início da pandemia e chegou a reabrir por um curto período, em outubro de 2020, quando paralisou novamente suas atividades. Desta vez, para sempre.
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