Até pouco tempo atrás, detratores costumavam dizer que esta era “uma escola que vinha atrás de uma bateria”, minimizando a agremiação, que dependeria somente dos ritmistas formados pelo lendário Mestre André – inventor das paradinhas. Mas a Mocidade cresceu, ganhou títulos e hoje tem, sim, uma vida independente, como já diz seu nome. Falará na Sapucaí das obras do pintor modernista Cândido Portinari, que retratou trabalhadores, retirantes e a vida severina do interior do país.
A escola
Nome completo Mocidade Independente de Padre Miguel
Ano de fundação 1955
Símbolo Uma estrela
Bases Bangu, Padre Miguel, Vila Vintém
Cores Verde e branco
Algumas figuras ilustres Mestre André, Tia Nilda, Toco
Versos que marcaram “Lá vem a bateria da Mocidade Independente / não existe mais quente, não existe mais quente”
Títulos no grupo principal 5
Último título 1996 (Criador e Criatura)
Ano passado 7º lugar
Atual presidente Paulo Vianna
O desfile
Enredo Por Ti, Portinari, Rompendo a Tela, a Realidade
Carnavalesco Alexandre Louzada
Mestres de bateria Bereco e Dudu
Rainha da bateria Antônia Fontenelle
Autores do samba Diego Nicolau, Gabriel Teixeira e Gustavo Soares
Intérprete Luizinho Andanças
Coreógrafo da comissão Renato Vieira
Mestre-sala Robson
Porta-bandeira Ana Paula
Uma ala bacana No primeiro setor, um grupo coreografado formará a estrela-símbolo da escola
Uma alegoria legal O quadro Café
Famosos convidados Marcos Paulo, Regina Casé, Elza Soares, Priscila Machado (miss Brasil)
Concentração Nos Correios
Entrada na avenida Domingo, entre 0h15 e 1h06
O samba
Eu guardei em mim
A mais linda inspiração
Pra exaltar em tua arte
A brasilidade de sua expressão
Desperta gênio pintor
Mostra teu talento, revela o dom
Deixa a estrela guiar
Faz do firmamento, seu eterno lar
Solto no céu feito pipa a voar
Quero te ver qual menino feliz
Planta a semente do sonho em verde matiz
Emoção, me leva…
Livre pincel a deslizar
Vou navegar, desbravador
Um errante sonhador
Voar pelas asas de um anjo
Num céu de azulejos pedir proteção
Vida de um retirante
No sol escaldante que queima o sertão
Moinhos vencer… Histórias de amor
Riscar poesias em lápis de cor
Você, que do morro fez vida real
Pintou nossos lares num lindo mural
Você, retratando a alma, se fez ideal
Meu samba canta mensagens de “guerra e paz”
Seu nome será imortal em nosso Carnaval
É por ti que a Mocidade canta
Portinari, minha aquarela
Rompendo a tela, a realidade
Na voz da minha mocidade