A Vila, quando aborda um enredo sobre a raça negra, sai de baixo. É um tema que lhe é muito caro, e com ele a agremiação conquistou seu primeiro título, em 1988 (Kizomba). Agora o foco é Angola, de onde vem o tal semba que, após passar por transformações no Rio, gerou o samba como o conhecemos. A escola tem um time de craques como compositores (Arlindo Cruz e André Diniz puxando a turma) e contará com o reforço da miss Universo Leila Lopes, que é de Benguela, em um dos carros.
A escola
Nome completo Unidos de Vila Isabel
Ano de fundação 1946
Símbolo Uma coroa
Bases Andaraí, Vila Isabel, Morro dos Macacos, Morro do Pau da Bandeira
Cores Azul e branco
Algumas figuras ilustres Martinho da Vila, Paulo Brazão, Seu China
Versos que marcaram ?Valeu, Zumbi/ o grito forte dos Palmares/ que correu terras, céus e mares/ influenciando a Abolição?
Títulos no grupo principal 2
Último título 2006 (Soy Loco por Ti, América: a Vila Canta a Latinidade)
Ano passado 4º lugar
Atual presidente Wilson da Silva Alves
O desfile
Enredo Você Semba Lá, que Eu Sambo Cá: o Canto Livre de Angola
Carnavalesca Rosa Magalhães
Mestres de bateria Paulinho e Wallan
Rainha da bateria Sabrina Sato
Autores do samba André Diniz, Arlindo Cruz, Artur das Ferragens, Evandro Bocão e Leonel
Intérprete Tinga
Coreógrafo da comissão Marcelo Misailidis
Mestre-sala Julinho
Porta-bandeira Rute
Uma ala bacana A que vai mostrar a transição do semba para o samba
Uma alegoria legal O carro da Rainha Ginga
Famosos convidados Isabel Fillardis, Quitéria Chagas, Toni Garrido
Concentração No edifício Balança
Entrada na avenida Domingo, entre 3h30 e 5h12
O samba
Vibra, oh minha Vila
A sua alma tem negra vocação
Somos a pura raiz do samba
Bate meu peito à sua pulsação
Incorpora outra vez Kizomba e segue na missão
Tambor africano ecoando, solo feiticeiro
Na cor da pele, o negro
Fogo aos olhos que invadem,
Pra quem é de lá
Forja o orgulho, chama pra lutar
Reina Ginga, ê matamba
Vem ver a lua de Luanda nos guiar
Reina Ginga, ê matamba
Negra de Zâmbi, sua terra é seu altar
Somos cultura que embarca
Navio negreiro, correntes da escravidão
Temos o sangue de Angola
Correndo na veia, luta e libertação
A saga de ancestrais
Que por aqui perpetuou
A fé, os rituais, um elo de amor
Pelos terreiros (dança, jongo, capoeira)
Nasce o samba (ao sabor de um chorinho)
Tia Ciata embalou
Com braços de violões e cavaquinhos a tocar
Nesse cortejo (a herança verdadeira)
A nossa Vila (agradece com carinho)
Viva o povo de Angola e o negro Rei Martinho
Semba de lá, que eu sambo de cá
Já clareou o dia de paz
Vai ressoar o canto livre
Nos meus tambores, o sonho vive