Depois de se unir para abrir o sebo Casa 11, em Laranjeiras, em julho, o grupo de 74 sócios – entre eles 54 médicos, nutricionistas, psicólogos e estudantes de medicina – que tem como lema “mais livros, menos farmácias” se prepara para a alçar um novo voo. Em parceria com os projetos @conversacomoleitor e @conversasnaestante, e com apoio da prefeitura, eles estão à frente de uma espécie de SUS da leitura. Com o Casa Voadora, uma biblioteca em praça pública, a intenção é ajudar na democratização dos livros físicos, que serão emprestados gratuitamente a crianças, jovens e adultos. A decolagem será no próximo sábado (11), no Largo Maria Portugal, que fica na Rua das Laranjeiras, em frente à Rua Alice, com direito à contação de histórias e música, das 8h às 16h.
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“No Rio, e no Brasil, ainda é muito frágil esta ideia da coletividade, de partilhar. O uso coletivo de um livro pode contribuir para a construção de uma sociedade mais justa“, defende a professora, mestre em educação e bibliotecária Maria Beatriz Serra, uma das sócias da Casa 11 e à frente do @conversacomoleitor, um projeto criado para dar voz ao leitor, num bate-papo que acontece semanalmente na Casa da Leitura ou na Casa 11, e que fica gravado num canal do You Tube. Já o @conversasnaestante reúne uma professora especialista em literatura infantil e uma arquiteta que ama livros que juntas dão consultoria para a montagem de bibliotecas com acervos de qualidade, contemplando as melhores indicações de títulos que servirão de incentivo à formação de leitores.
Não por acaso, a nova iniciativa acontecerá numa praça, lugar de encontros e trocas de ideias e de experiências. Segundo seus criadores, é “casa porque deseja acolher todas as gerações” e voadora porque “convida a libertar a arte para além do espaço físico” e porque o desejo é “alcançar lugares distantes que não tenham acesso aos livros”. “Como já dizia Antônio Cândido, literatura deveria ser um direito humano!”, lembram, em convite para o evento que circula pelas redes sociais.
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Inicialmente, o Casa Voadora será mensal. Cerca de 200 livros estão disponíveis para empréstimo. Para levá-los, basta preencher uma ficha com nome e contato. Cada um pode pegar até três unidades, com prazo de três meses para devolver. A devolução deve ser feita numa caixa que vai ficar na Casa 11. “Conseguimos umas barraquinhas tipo as de feira e vamos montar cedinho na pracinha. Como as que a Mônica e o Cebolinha usavam para vender limonada, sabe como é?”, descreve a clínica geral Rita Iglezias, também sócia e parceira na iniciativa. Olha o livro!