A Defensoria Pública encontrou detentos em condições consideradas “totalmente sub-humanas” na Cadeia Pública Frederico Marques (conhecida como Bangu 10) durante uma inspeção no primeiro semestre deste ano. Em função da pouca comida disponível no local, presos relataram que chegaram a comer papel higiênico molhado para matar a fome.
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Com capacidade para 532 pessoas, Bangu 10 abriga atualmente 735 detentos. A unidade prisional não foi a única a apresentar problemas de abastecimento de alimentos. Na Cadeia Pública Romeiro Neto, em Magé, os presos comeram só ovos de janeiro a abril em função de falhas no fornecimento de refeições.
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As situações acima descritas contrariam o previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948 e assinada pelo Brasil no mesmo dia. Em seu artigo V, esse documento prevê que “ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante”.