As perguntas foram respondidas por Henrique Portugal, tecladista da banda.
1- Como é chegar a vinte anos de carreira com todo o gás de um grande álbum ao vivo e ser uma das atrações mais esperadas desta edição do Rock in Rio? (Carlos Eduardo)
É uma felicidade dupla. O projeto Multishow ao Vivo ? Skank no Mineirão foi a retribuição ao carinho que todo o público mineiro sempre teve com o nosso trabalho. Agora é a realização de um sonho tocar na versão brasileira do Rock in Rio.
2- Qual o significado do Rock in Rio para o Skank? O que vocês esperam do festival? (Cesar Akio Fujita, Willian Gabriel)
O Rock in Rio tem um significado especial para todos os músicos brasileiros. Não consigo imaginar quem não tenha como sonho tocar no festival. Como já tivemos a oportunidade de tocar na versão portuguesa do evento, em 2008, ficou aquele sentimento de que ainda estava faltando tocar na versão brasileira. Agora chegou a hora!
3- A música Dois Rios vai estar no repertório de vocês no Rock in Rio? (Ray Veiga)
Acho que não, mas vão ter outras que a galera vai curtir bastante…
4- Qual foi a inspiração para a música Sutilmente? E no que a banda costuma se inspirar? (Augusto De Freitas Alves)
Esta música foi composta de forma diferente do habitual. Normalmente trabalhamos a melodia e enviamos a base para o Nando escrever a letra. No caso de Sutilmente foi ao contrário. A letra já existia, e a melodia foi feita depois. O interessante é que a parte do refrão foi escrita só depois que a música já estava pronta. Estas pequenas mudanças às vezes levam a canção para outro patamar de compreensão.
5- Qual música mais marcou o trabalho de vocês nesses vinte anos e por quê? (Lorena Pires)
Uma das coisas mais legais do repertório do Skank é que temos um número significativo de músicas que se tornaram marcantes na nossa carreira. Por isso, temos fãs de gerações diferentes, dependendo de quando eles começaram a escutar as nossas músicas.
6- O que parecia ser um sonho impossível há vinte anos: concorrer ao Grammy ou tocar no Rock in Rio? (Edylene Cabral)
Acho que os dois são sonhos de qualquer músico. Um Grammy Latino nós já ganhamos (em 2004, na categoria Melhor Álbum Brasileiro de Rock pelo álbum Cosmotron). Mas vou contar uma coisa: na versão do Rock in Rio de 1991 eu estava com o Sepultura (gravei três discos tocando teclado), e fiquei imaginando se algum dia eu iria tocar no palco principal. Estou realizando este sonho vinte anos depois. Engraçado como o tempo passou rápido!
7- Vocês irão manter a versão ao vivo da música Presença ou acrescentarão algum recurso musical eletrônico para que se pareça com a versão do estúdio? (Joyce Lacôrte)
A versão atual de ?Presença?, ao vivo, é mais parecida com a versão estúdio que hoje está tocando nas rádios. Buscamos as referências originais de quando ela foi composta. Mas não tem muitos recursos eletrônicos. Essa versão de estúdio também conta com a participação especial do rapper Emicida.
8- A música As Noites fala das “ruas desse lugar”. Essas ruas por acaso são as ruas de Belo Horizonte ou de alguma outra cidade de Minas? A música retrata uma experiência que realmente ocorreu na vida de algum de vocês? (Diego Barbosa)
A música ?As noites? é uma parceria do Samuel Rosa e do Chico Amaral. Para quem não sabe, o Chico viajou com o Skank durante alguns anos, como saxofonista da banda. Não necessariamente a letra se refere a uma experiência que ocorreu conosco, mas a uma experiência que pode ocorrer com qualquer um.
9- Em 2011 já tivemos o blu-ray do Mineirão, comemoração dos vinte anos da banda em Brasília, prêmio em Cannes, show no Rock in Rio vindo, mais uma indicação ao Grammy Latino. E pra 2012, o que podemos esperar? (Thiago Farias)
Estamos mais preocupados com o momento atual. Esta história de pensar demais no futuro impede de curtir o presente. Por enquanto, esperamos desfrutar um pouco mais do que está acontecendo agora.
10- Existe a possibilidade de termos um acústico do Skank? (Helena Leite)
Esta é uma ideia que sempre passa pelas nossas cabeças, mas ainda não existe nada de concreto.