Escalado para vir ao Brasil como atração do Summer Soul Festival, no ano passado, o compositor e cantor americano acabou fazendo um espetáculo extra por iniciativa do Queremos, site que mobiliza internautas para bancar os custos da vinda de seus artistas favoritos. O expoente do novo soul americano volta à cidade, mais uma vez com o apoio dos fãs, para lançar How Do You Do, no Circo Voador, na sexta (3). No novo CD, o rapper Snopp Dogg canta em Can?t Stop, retribuindo o remix que Mayer Hawthorne fez de Gangsta Luv. O músico aproveita a visita para fazer duas das coisas de que mais gosta: ir a sebos garimpar discos velhos e apreciar a beleza feminina.
Você era DJ no começo da carreira. Como virou cantor? Estava tocando numa festa em Los Angeles e o Peanut Butter Wolf, dono de um selo de hip-hop, ouviu e me convenceu a lançar um demo. Topei, e em menos de uma semana já tínhamos vendido a tiragem de 3?000 cópias. Marcamos meu primeiro show, que também teve os ingressos esgotados. Aí vi que dava para seguir cantando, apesar de não ter nenhuma formação específica. Até hoje me sinto um pouco inseguro.
Seu som retrô reflete uma vontade de ter nascido algumas décadas atrás? Não, não mesmo. O presente é sempre o melhor. Aprendi e ainda aprendo muito com o passado, mas levo minha música adiante. Mulheres bonitas são minha principal inspiração. Nesse sentido, minha primeira visita ao Rio foi muito inspiradora e estou louco para voltar.
Sebos de discos fizeram parte do programa na primeira visita. As compras foram boas? Sim, sou viciado em garimpar lojas de álbuns antigos. Minhas maiores paixões, além de mulheres e comida, são os discos. Comprei um do Orlandivo, que é muito bom. Também gosto de Os Cariocas e do Quarteto em Cy. Eles têm harmonias lindas e arranjos vocais inspiradores.