Prestes a completar 80 anos, em abril, a Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa) pode não estar aberta até lá para comemorar. A ONG vive uma das piores crises financeiras da sua história e corre risco de fechar as portas se a situação não melhorar. Dos 2.200 animais sob a responsabilidade da instituição, 1700 são cães. Só eles consomem 650 quilos de ração por mês. Há ainda gatos, porcos e até cavalos. Levantamento feito pelo gabinete do vereador Luiz Ramos Filho, presidente da Comissão de Defesa dos Animais da Câmara municipal, nos dois primeiros meses de 2023 dobraram as denúncias de maus-tratos e abandono de animais na cidade do Rio.
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Entidade particular, sem fins lucrativos e de utilidade pública, com seu trabalho a Suipa auxilia o poder público a combater a propagação de zoonoses, além de resgatar e cuidar de animais que estão doentes e feridos, ou que foram abandonados. A instituição, que já teve o título de filantrópica – perdido em 2005 – sobrevive de doações. Mas desde a pandemia, essa ajuda começou a diminuir e, atualmente, não está sendo suficientes para manter o local funcionando. Os 102 funcionários trabalham em regime CLT também estão com salários ameaçados.
Para ajudar a Suipa, basta entrar no site da ONG e fazer uma doação. Também é possível se tornar um associado e contribuir mensalmente. A Universidade Candido Mendes (UCAM), através de seu Escritório Modelo de Advocacia (EMAG), criou a campanha “Doação de ração seca para cães e gatos” para colaborar. Até o dia 28 de abril, é possível entregar os alimentos na Rua Joana Angélica 63, 3º andar, em Ipanema. Sempre de segunda a sexta, das 9h às 17 horas. Só não é aceita a ração a granel.
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A Comissão de Defesa dos Animais da Câmara municipal recebeu em janeiro 243 denúncias de maus tratos e abandono via Facebook e Instagram e outras 505 pelo WhatsApp. Segundo a coluna de Ancelmo Góis, no jornal O Globo, no mês de fevereiro, que teve três dias a menos, foram 195, pelo face e Instagram, e 470 no WhatsApp. “É preciso fazer uma grande campanha pela adoção, mas adoção consciente, porque adotar e meses depois jogar o bicho na rua é muita crueldade”, diz Luiz Ramos Filho, que promete fazer uma audiência pública na câmara para discutir as políticas públicas em defesa dos animais.