Os supermercados do estado do Rio de Janeiro tiveram crescimento de 3,98% no volume de vendas de janeiro a outubro, na comparação com o mesmo período de 2019. Para o ano que vem, a expectativa do setor é um crescimento de 4,5%. Os números foram apresentados nesta terça (24) pelo presidente da Associação de Supermercados do Rio de Janeiro (Asserj), Fábio Queiróz.
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No topo da lista da preferência dos consumidores por produtos que contribuíram para o desempenho das vendas neste ano estão os itens de limpeza. Por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19), o álcool gel teve alta nas vendas de 500% nos supermercados. Já o álcool líquido 70% teve crescimento de 125% nas vendas. Ainda na preocupação com a higiene, as vendas de desinfetantes antibactericidas tiveram crescimento de 300%, seguido do sabão em pó, com aumento de 190%; limpadores domésticos, de 100%, e água sanitária, com 58% de aumento nas vendas.
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Os consumidores, segundo Queiróz, também passaram a comer mais em casa, hábito que já vinha sendo identificado pelo setor antes do surgimento do novo coronavírus (covid-19). Ele acredita que esse hábito vai continuar. “Persistirá o hábito do consumidor de mais alimentos em casa. Ele não aprendeu a cozinhar, essa já era uma tendência. Ele aprimorou o hábito”, disse.
Fábio Queiróz ressaltou o aumento da demanda por leite em 38%, óleo em 34%, arroz em 33% e carnes em 26%, provocado pelo auxílio emergencial. Essa procura também provocou aumento de preços.
Tecnologias
De acordo com Queiróz, a busca do varejo pela tecnologia, que já vinha sendo aplicada pelos supermercadistas, foi intensificada diante da necessidade de atender ao consumidor com maior segurança. Cerca de 75% das redes implementaram alguma tecnologia este ano, com destaque para aplicativos, e-commerce e delivery.
No acumulado de abril a agosto, houve crescimento de 47,86% nos pedidos de delivery. Já as solicitações feitas pelo e-commerce aumentaram em 49,86%. “O mais bacana é que 59% dos nossos associados pretendem investir em alguma tecnologia no próximo ano.”
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Contratações
Os números da Asserj indicam que, desde o início da pandemia foram criados mais de 3,8 mil postos de trabalho, em grande parte para substituir empregados de grupos de risco e contaminados com a covid-19.
Para atender às vendas de Natal e ano-novo, a previsão para o setor é criar até 8 mil vagas temporárias.
A estimativa do setor é um crescimento de 5% nas vendas para as festas de fim de ano, em comparação com o ano passado. O setor espera aumento de 40% nas vendas de aves natalinas; 30% em pães de rabanada e 20% do tender. A demanda por azeites deve aumentar 17% e por bacalhau, em 9,40%.
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O presidente disse que o setor não teme um novo isolamento social, porque é entendido como um setor essencial que conseguiu demonstrar que tem capacidade de operar com segurança e garantir o abastecimento.