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Suspeito de ter colocado fuzil em estátua é preso no Santa Marta

Segundo a Polícia Militar, Mateuzinho seria traficante e tem condenação por tentativa de homicídio

Por Agência Estado
21 ago 2017, 12h51
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    (Reprodução/Reprodução)

    Foi preso neste domingo (20) um suspeito de ter colocado um fuzil na estátua em bronze do cantor Michael Jackson (1958-2009) instalada no Morro Dona Marta, em Botafogo, zona sul do Rio. Ele seria traficante e atende pelo apelido de Mateuzinho, segundo a Polícia Militar.

    Mateuzinho foi encontrado por PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela, à tarde. Ele tem uma condenação por tentativa de homicídio de um PM da UPP, ocorrida em dezembro do ano passado, é foragido da Justiça e foi reconhecido durante patrulhamento no morro, conforme informou a PM.

    A polícia não soube dizer quando a arma foi pendurada no pescoço da escultura. A foto foi tirada por um criminoso e viralizou no último dia 14. A estátua foi inaugurada em 2010, um ano após a morte do cantor. Está fixada no alto do morro, na laje onde Michael gravou parte do clipe “They don’t care about us”, em 1996. É um ponto turístico do morro, procurado por visitantes, brasileiros e estrangeiros, depois que recebeu a primeira das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) da capital, em 2008.

    No próprio dia 14, a PM informou que já havia identificado suspeitos de terem colocado a arma na estátua, mas não quando a foto fora feita. O Setor de Inteligência da UPP informou que alguns deles estavam com mandado de prisão em aberto e que buscas estavam sendo feitas.

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    Os criminosos, de acordo com a PM, fazem parte da quadrilha de Marco Pollo Lima dos Santos, o Mãozinha, que estava foragido e foi preso por integrantes da UPP no último dia 27 de julho.

    Desde que foi aberta, a UPP Dona Marta sempre foi considerada uma unidade modelo do sistema de aproximação da polícia e da população e de retirada de traficantes armados das ruas das comunidades. Mas a situação mudou, e os tiroteios e mortes voltaram.

    Prestes a fazer uma década, as UPPs hoje somam 38. O modelo vive uma crise, decorrente da insuficiência de PMs para o patrulhamento e do rombo financeiro nas contas do Estado. Essa falência das UPPs vem sendo evidenciada na volta dos embates entre policiais e traficantes e na falta de confiança dos moradores das favelas em relação aos policiais, acusados de abusos e de envolvimento em casos de corrupção.

    Para especialistas na área de segurança, o ponto de inflexão foi julho de 2013, quando do assassinato do auxiliar de pedreiro Amarildo de Souza. Ele foi sequestrado, torturado e morto por PMs da UPP da Rocinha, favela onde morava. Doze PMs foram condenados pelos crimes de tortura seguida de morte, ocultação de cadáver e fraude processual.

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