Com a subida nos preços dos aplicativos de transporte de passageiros, como os da Uber ou da 99, os táxis é que estão em alta no Rio: o Sindicato dos Taxistas Autônomos do Município do Rio de Janeiro (Stamrj) estima que houve um aumento de até 60% no movimento diário da praça nos últimos meses. Isso porque, de acordo com a prévia da inflação oficial, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15), até novembro deste ano, os preços do transporte por apps subiram 26,01%. Já as tabelas dos chamados amarelinhos permaneceram estáveis no período, pois estão sem reajuste há alguns anos em algumas das principais cidades do Brasil, como aqui. Pelo IPCA-15, são dois meses seguidos de taxas de dois dígitos na inflação mensal do transporte por aplicativo (11,60% em outubro e 16,23% em novembro). Assim, estender o dedo para chamar um táxi tem sido uma opção mais viável para os passageiros.
+ Hotéis do Rio registram quase 90% de reservas para o Réveillon
O Stamrj informou ao Diário do Rio que o uso do aplicativo Táxi Rio tem ajudado a reduzir o tempo rodando sem passageiro, o que também colabora para que gastem menos combustível. Por outro lado, os aplicativos de transporte adotam a tarifa dinâmica, que considera a lógica de oferta e demanda, quando há menos veículos disponíveis ou mais passageiros, o preço sobe. Além disso, com a alta dos combustíveis no Brasil, muitos motoristas de aplicativos passaram a cancelar corridas, o que se tornou um tormento para os passageiros.
Em nota, a 99 afirma estar “atenta aos efeitos da crise econômica global e ao impacto dos preços dos combustíveis na atividade dos motoristas parceiros. Por isso investe esforços para manter o equilíbrio do marketplace e contribuir para manter os ganhos dos condutores”. A empresa acrescenta que passou a repassar integralmente o valor da corrida aos condutores em localidades e horários específicos, o que representaria ganhos extras de mais de R$ 10 milhões para os motoristas.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Já a Uber diz em nota que “podem ocorrer com mais frequência tanto cancelamentos pelo usuário (que não deseja esperar mais tempo pela viagem) quanto recusa de viagens pelo motorista (que, pelo cenário de demanda em alta, pode presumir que haverá novos chamados de maior ganho na sequência, por exemplo)”.