Injeções, choques, cortes e outras técnicas ainda mais invasivas. Para os cariocas obcecados pelas curvas perfeitas, não há limite quando o assunto é suavizar os efeitos do tempo no corpo ou mesmo torneá-lo para o desfile à beira-mar. A boa notícia para essa turma é que um método baseado na aplicação alternada de vácuo e pressão, presente em mais de quarenta países e recém-chegado ao Brasil, promete alcançar os mesmos resultados sem os temidos efeitos colaterais. Chamado de Hypoxi, ele foi criado na Áustria, em 1998, pelo especialista em medicina esportiva Norbert Egger, que desenvolveu a técnica para otimizar a redução de gordura nas áreas mais visadas pelas mulheres. Ou seja, glúteos, quadris e coxas. Para isso, é preciso vestir um macacão de neoprene idêntico ao usado pelos mergulhadores, só que equipado com câmaras de ar que são acionadas por uma das quatro máquinas disponíveis, cada uma com uma função distinta. “É completamente indolor e não requer a aplicação de nenhum produto químico”, conta a atriz Pérola Faria, de 22 anos, que faz o tratamento de duas a três vezes por semana e conseguiu reduzir seu porcentual de gordura corporal de 20% para 17%. “Estou fazendo há seis meses, mas em dois as mudanças já eram bem perceptíveis. No meu caso, abdômen e cintura foram as regiões onde perdi mais medidas”, acrescenta.
Parecida com uma nave espacial, a estrela do método é o dermology, uma espécie de poltrona reclinável, ligada ao macacão por mangueiras de ar. Funciona assim: durante vinte minutos, 400 ventosas presas à roupa estimulam a circulação entre o abdômen superior e os joelhos, com o objetivo de eliminar a flacidez e a celulite. “A pressão positiva (maior que a atmosférica) aplicada corresponde a 40 centímetros de profundidade em uma piscina. Já a negativa (menor que a atmosférica) é equivalente àquela que temos a 800 metros de altura, no Corcovado, por exemplo”, compara Rosário Xavier, uma das sócias da empresa que trouxe o método para o Rio. Voltados para a queima das gordurinhas, os outros três equipamentos estão associados a exercícios moderados de trinta minutos, mas que podem elevar a temperatura corporal em até sete graus. Um deles é o vacunaut, que trabalha principalmente a região do abdômen, enquanto o indivíduo caminha ou trota em cima de uma esteira, estimulando ainda a circulação sanguínea e a drenagem das toxinas. “As atividades convencionais já não estavam fazendo efeito nos pneus, então resolvi tentar. Em um mês perdi mais de 3 centímetros em cada região”, conta o comissário de bordo Leonardo Souza, de 33 anos, que desembolsou 1?200 reais por doze sessões do tratamento. Ficar bonito exige sacrifícios de todos os tipos.