Destruído por um incêndio, em setembro de 2018, o Museu Nacional aos poucos reconstitui seu acervo. A mais nova aquisição é um exemplar de tigre-de-bengala que irá compor as futuras exposições da instituição e poderá também ser usado em estudos, segundo informou Ancelmo Góis, em sua coluna, no jornal O Globo. O espécime foi doado pela empresária Martha Campos de Castilho, que herdou o animal do pai. Capturado na Índia, em 1969, o tigre-de-bengala tem em torno de 230 centímetros de comprimento e 165 centímetros de altura, e apresenta uma pelagem pouco comum, com listras bem finas e bom estado de conservação. Além do tigre-de-bengala, Martha doou para a instituição mais 18 espécimes taxidermizados do acervo de mamíferos reunido por seu pai.
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O tigre será mantido no Setor de Mastozoologia do Museu Nacional. “O animal será muito importante na composição de uma exposição bem contextualizada, que combine acesso à informação, oportunidade de contemplação e fascínio, no sentido de despertar o interesse e a empatia do público de todas as idades pela natureza”, explicou ao Globo o curador da Mastozoologia do museu, João Oliveira.
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A maior parte dos 20 milhões de itens que o Museu Nacional abrigava foi totalmente destruída. Nele, estavam o mais antigo fóssil humano já encontrado no país, a Luzia; a coleção egípcia que começou a ser adquirida ainda por Dom Pedro I; a coleção de arte e artefatos greco-romanos da Imperatriz Teresa Cristina e coleções de paleontologia que incluam o fóssil de um dinossauro proveniente de Minas Gerais. Hoje, a instituição de história natural e antropologia mantém uma campanha para a recomposição de seu acervo. Graças a ela foi possível reunir artefatos únicos, como 27 peças greco-romanas do diplomata aposentado Fernando Cacciatore e uma coleção etnográfica indígena de Tonico Benites.