O topless pode deixar de ser considerado um “ato obsceno” em qualquer ambiente no estado do Rio de Janeiro. O deputado estadual Carlos Minc (PSB/RJ) apresentou um projeto de lei que “veda a tipificação do ato praticado por pessoa de qualquer gênero de não cobrir o corpo da cintura para cima em público”. Ele lembra que atualmente a atitude é tipificada pelas autoridades como ato obsceno, de acordo com o artigo 233 do Código Penal.
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A prática de ficar nua na parte de cima – sem camisa, blusa ou o sutiã do biquíni – voltou a dar pano para manga por causa da prisão de Ana Beatriz Coelho, ex-namorada da atriz Camila Pitanga, numa praia no Espírito Santo. Na ocasião, ela chegou a ser algemada.
“O que pode acontecer com uma mulher que faz topless no Brasil?”, escreveu Ana em uma foto sem biquíni postada no Instagram. “O mais irônico é que ao meu lado na delegacia tinha um homem aguardando sem camisa. Nem dentro de uma delegacia um homem precisa estar vestido”, criticou a artista.
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Em sua conta no Twitter, Minc fez uma postagem mencionando o caso nesta sexta (4): “É um absurdo a prisão de Ana Beatriz Coelho, ex de Camila Pitanga, num país onde exterminam os índios, população pobre das favelas e o brutal assassinato de Moïse. Mas quem eles algemam? A moça que fez topless”. Não é a primeira vez que o deputado se manifesta a favor da prática. Em 2018, publicou na rede social uma história atribuída a Dom Hélder Câmara – um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e grande defensor dos direitos humanos durante a ditadura militar no Brasil – quando questionado sobre o que ele achava do topless: “‘Meu filho, eu me preocupo com quem não tem roupa para usar, mas com quem tem para tirar não me importo’. Que falta faz Dom Hélder!”