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Toz é o responsável pelo maior grafite a céu aberto do Rio

Aos 39 anos, Tomaz Viana, o Toz, conquista o público e a crítica com seus personagens coloridos e inconfundíveis

Por Carla Knoplech
Atualizado em 5 dez 2016, 11h38 - Publicado em 5 dez 2015, 00h00
Toz
Toz (Leo Aversa (foto); Cássio Loredano/Acervo do Instituto Moreira Salles (ilustração)/)
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No último mês de setembro, o artista plástico Tomaz Viana, mais conhecido pelo apelido Toz, viveu emoções fortes. Ele passou dez dias pendurado em um andaime, subindo e descendo pela empena do hotel Marina Palace, no Leblon. Ali, gastou 800 latas de tinta para pintar um imenso painel de 75 metros de altura por 10 de largura, o maior da cidade no gênero. “Foi uma experiência sensacional, eu tinha de administrar não só a adrenalina como também a precisão na pintura. O spray requer muita perícia até mesmo no chão”, lembra ele. “O elevador onde eu ficava balançava um pouco, mas isso tudo só me deixava mais feliz de estar realizando um trabalho desse porte.”

Toz, de 39 anos, costuma definir 2015 como um momento especial de sua carreira. No dia em que recebeu o convite para pintar a imensa parede lateral do hotel localizado na Avenida Delfim Moreira, estava em Paris, trabalhando na instalação de uma obra no 13‚ arrondissement, parte de um projeto de arte urbana batizado de Scope. Ali, mostrou uma figura de 5 metros de altura, seu popular Vendedor de Alegria, feita de tecido e espuma, que, no lugar da cabeça, exibia 1 000 balões de vinil multicoloridos. Inspirada nos ambulantes que vendem bolas de plástico na praia, a obra ficou três meses exposta na capital francesa.

Baiano, radicado no Rio há mais de duas décadas, Toz começou a ganhar fama no início dos anos 2000 quando passou a espalhar suas criações pelos muros do Jardim Botânico, da Gávea, do Morro da Providência e nos trens que circulam pela Zona Norte. Apaixonado por histórias em quadrinhos, mangás e símbolos do universo religioso de seu estado natal, ele criou um conjunto particular de personagens que engloba da garotinha Nina, inspirada em sua sobrinha, aos simpáticos Schimu. Desde 2009, Toz vem trilhando a seara do mercado formal de arte e tem sua produção comercializada em uma galeria de Copacabana. No período, o valor de suas criações passou de 500 para 70 000 reais. “Ele faz arte autobiográfica que emociona e toca as pessoas”, define o marchand Ricardo Kimaid Jr., dono da Movimento, casa que negocia os trabalhos do artista. Com suas cores exuberantes, as obras de Toz estão definitivamente incorporadas à paisagem urbana do Rio.

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