A Mesa Diretora da Câmara de Vereadores do Rio anunciou nesta quinta (22) que vai iniciar, a partir de 1º de julho, o processo de desocupação de estruturas que ocupam espaços alugados no entorno do Palácio Pedro Ernesto, sua atual sede. Ao todo, quatro andares do Edificio Paulino Ribeiro Campos, na Cinelândia, serão entregues, o que representa uma economia mensal de R$ 99,8 mil entre aluguéis e condomínio. A Casa vem gastando bem mais do que isso nos últimos seis meses desde que adquiriu, por R$ 149 milhões, o Hotel Serrador, onde os parlamentares passarão a dar expediente. Só a energia do prédio já custou R$ 126,1 mil desde janeiro.
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O imponente edifício Francisco Serrador foi adquirido em dezembro do ano passado para abrigar não só o plenário e os gabinetes dos vereadores, mas também os setores administrativos que estão espalhados hoje por cinco imóveis alugados. O prédio, na Cinelândia, permanece fechado, mas já gera despesas correntes para os cofres públicos: os gastos com aluguéis, condomínios e contas de luz, que devem passar este ano de R$ 2,3 milhões — R$ 916 milhões de janeiro até agora. E, segundo o jornal O Globo, o projeto para um novo plenário sequer está pronto. A previsão atual é que as sessões só comecem a ocorrer por lá em agosto de 2024, às vésperas das eleições municipais, um atraso de oito meses.
No fim de 2022, antes de sacramentar a compra, a Mesa Diretora prometeu iniciar a transferência desses funcionários da administração para a nova sede em julho deste ano. Os planos foram adiados para outubro, mas ainda falta contratar uma empresa que será responsável por planejar a ocupação do espaço pelas diferentes repartições, o que está previsto para o mesmo mês. A empresa vai definir detalhes como quantidade de mobília, divisão de salas entre outros detalhes, e terá até fevereiro de 2024 para concluir o trabalho. Para complicar será preciso demolir parte de um dos andares para aumentar o pé-direito. As adaptações serão necessárias para acomodar os painéis de votação e as galerias para o público.
“Uma mudança dessas tem que ser feita com planejamento. Criamos dez grupos de trabalho para definir as necessidades de espaço por temas como engenharia, segurança, incêndio, tecnologia da informação, comunicação, entre outras. Esse processo não poderia ter começado antes da compra do prédio ser efetivada”, explicou o primeiro-secretário da Câmara, vereador Rafael Aloísio Freitas (Cidadania), que coordena o processo.
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Após a desocupação, o Palácio Pedro Ernesto, que completa 100 anos em julho deste ano, será restaurado e transformado em um Centro Cultural, com exposições permanentes e temporárias e a realização de espetáculos de música e teatro abertos à população.