Fotos: Alexandre Macieira e Marina Herriges/Riotur
Em meio à selva de pedra carioca, a Floresta da Tijuca é um oásis de mata atlântica preservado por lei. Motivo de orgulho para cariocas, e admiração dos visitantes, a floresta teve seu valor econômico avaliado pelas empresas americanas US Forest Service e Davey TreeExpert Company para o Plano de Baixo Carbono do Rio, projeto da prefeitura de reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Apresentado durante a Cúpula dos Prefeitos, que acontece no Forte de Copacabana, o estudo aponta que o verde carioca vale 543 milhões de reais em benefícios sociais, como a diminuição da poluição atmosférica e a proteção de nascentes de água.
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Área de mata atlântica encravada no meio da cidade, o Parque Nacional da Tijuca foi fundado em 1961 e possui 3900 hectares de extensão. Parar percorrer a região, nada melhor do que caminhar por alguma de suas 90 trilhas catalogadas.Quem passeia por ali se depara com diversos atrativos, que vão de cachoeiras com água cristalina a mirantes de onde é possível avistar quase toda o Rio. Monitorado por guardas municipais e policiado por rondas de carro diárias, o parque tem acesso pela Estrada da Cascatinha, no Alto da Boa Vista.
Segundo Waldecy Lucena, vice-presidente da Federação de Montanhismo do Rio, a FEMERJ, o parque tem apresentado melhorias. “Houve investimento na conservação das trilhas, fechamento de atalhos e coleta de lixo”, diz Waldecy, que frequenta o local desde 1984. Já para a francesa Lauren Giamarchi, radicada há cinco anos no Rio, as trilhas do Parque Nacional são fáceis e relaxantes. “Já subi o Bico do Papagaio e hoje percorri a trilha do Pico da Tijuca”, diz Lauren. “O caminho é muito fácil, bem sinalizado. Você não precisa sair da cidade para se aventurar com segurança”, conclui Lauren.
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Quem precisar de orientação pode procurar pelo Centro de Visitantes. O local funciona todos os dias, de 8h às 18 horas. A maioria das trilhas sai do Bom Retiro, localizado a quatro quilômetros da entrada do parque”. No local é possível estacionar o carro e, antes de entrar num dos caminhos, o visitante precisa deixar seu número de identidade. O fechamento das trilhas acontece às 15 horas, para que o usuário o tenha tempo de voltar antes de anoitecer.
Entre as trilhas preferidas do público está a do Pico da Tijuca, ponto mais alto do parque, a 1.021 metros de altitude. Ela guarda ainda uma curiosidade: uma escadaria esculpida na pedra, no costão final, que leva até o cume. A escada foi feita durante uma visita do rei da Bélgica, Alberto I, em 1920. No entanto, ele era praticante do montanhismo e se recusou a subir pelo atalho, optando por outro trecho mais difícil.
Trilhas mais populares do Parque Nacional da Tijuca
Pico da Tijuca
Demora 1 hora e 15 minutos para ser completada, e tem cerca de 2800 metros de extensão. A escadaria esculpida na pedra pode causar medo em usuários avessos à exposição à altura. Ponto mais alto do parque, oferece vista de toda a cidade e seu acesso é feito pelo Bom Retiro.
Pico Tijuca Mirim ou Tijuquinha
Usa-se a mesma trilha do Pico da Tijuca. Porém, ao final do percurso, é possível pegar um desvio à esquerda. Vista panorâmica da Zona Norte do Rio.
Cachoeira das Almas
Bastante popular, pode ser completada em 25 minutos. O início da trilha fica no restaurante Floresta. O usuário também pode entrar nessa trilha pela estrada Excelsior.
Pedra do Conde
Começa no estacionamento da Capela Mayrink. A trilha tem 1 hora de duração e exige a escalada de uma pedra de 2 metros para chegar ao pico, de 819 metros de altura.
Bico do Papagaio
Considerada uma trilha difícil, que exige condicionamento físico. Com início no Bom Retiro, demora 1h e 30 minutos de caminhada para percorrer seus 2300 metros de extensão. É o Segundo ponto mais alto do parque e oferece vista para a Zona Oeste. O cume, composto por grandes blocos de pedra, fica a 990 metros de altitude.
Morro da Cocanha
Outra caminhada que sai do Bom Retiro, seu caminho percorre 2400 metros e demora 1 hora para ser completado. O morro atinge 970 metros de altitude e conta com vista para a Pedra da Gávea.