A rede de hotéis do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ontem (14) que vai retirar a sua marca de um complexo de luxo do Rio de Janeiro envolvido em uma investigação criminal. As informações são da Agência ANSA.
Segundo a porta-voz da rede, Christine Lin, a decisão foi tomada devido a atrasos na construção do edifício projetado para ter 171 quartos, piso de mármore importado da Turquia e papel de parede holandês. Localizado na Barra da Tijuca, o hotel, que custou cerca de R$ 333 milhões, foi aberto em agosto deste ano por ocasião dos Jogos Olímpicos. No entanto, opera apenas parcialmente, já que ainda tem quartos em obras.
No mês de outubro, a Procuradoria da República no Distrito Federal abriu um inquérito para investigar indícios de irregularidades em torno dos negócios do magnata no Brasil. Segundo o processo, há uma suspeita que a LSH Barra Empreendimentos Imobiliários, proprietária do hotel e sócia de Trump no Brasil, tenha supervalorizado a renda do empreendimento para conseguir investimentos de dois fundos de pensão.
De acordo com o procurador Anselmo Cordeiro Lopes, os aportes de recursos são “possivelmente criminosos” e envolvem R$ 77,3 milhões da carteira de investimentos do Instituto Serpro de Seguridade Social e R$ 54,3 milhões do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins.
A Trump Organization, que apenas cede a marca, não fez nenhuma menção à investigação. Já a empresa LSH afirma não ter cometido nenhuma irregularidade. Eleito presidente dos Estados Unidos em novembro, Trump prometeu recentemente que deixará o comando de suas empresas enquanto estiver na Casa Branca.