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Um novo cartão-postal

Com visual moderno, o Túnel da Grota Funda atrai olhares de motoristas e pedestres

Por Carla Knoplech
Atualizado em 5 jun 2017, 14h28 - Publicado em 4 jul 2012, 20h03
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tune-grota-funda-01.jpg (Redação Veja rio/)
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Em uma cidade com tantas belezas naturais como o Rio de Janeiro, é surpreendente que uma obra viária tenha se transformado na mais recente atração turística da cidade. Inaugurado no início de junho, o Túnel da Grota Funda vem chamando a atenção de motoristas e pedestres pelo design arrojado. À primeira vista, o que se destaca é a estrutura metálica no formato de um semiarco. Longe de ser apenas decorativo, o painel tem um objetivo importante. Equipado com placas de vidro opaco, ele ajuda a minimizar aquela fração de segundo em que, ao sair de um ambiente claro para outro escuro, o motorista tem sua visão ofuscada. Detalhes como esse já levaram centenas e centenas de cariocas ao local. Entre eles, as arquitetas Laura Vilela e Carina Carmo, que percorreram 38 quilômetros desde a Lagoa, onde trabalham, até a Zona Oeste, para conhecer de perto a construção. “É bonita e funcional ao mesmo tempo”, resume Laura.

Inspirado em seus pares europeus, em especial nos suíços, o túnel carioca utilizou alguns dos mais modernos recursos tecnológicos da engenharia civil. O trajeto conta, por exemplo, com um piso especial que ajuda na prevenção de derrapagens. Segurança, aliás, é uma preocupação que permeia todo o projeto. A estrutura possui geradores próprios, à prova de apagões, e alto-falantes instalados a cada 20 metros. Eles podem ser acionados em caso de acidente, para dar instruções aos motoristas. Da Suíça vieram as placas de trânsito e a tinta usada para revestir as paredes das galerias – de fácil limpeza, ela promete reduzir o efeito da fuligem. “Nosso objetivo era fazer um túnel que não lembrasse uma caverna, como os outros”, diz Alexandre Risso, da Secretaria de Obras municipal.

Embora tenha apelo futurista, o projeto original foi criado na década de 50. Mas só ganhou força para sair das pranchetas depois que o Rio se tornou cidade olímpica. Alternativa à Serra da Grota Funda, o túnel custou 550 milhões de reais e faz parte da Transoeste, uma das obras cruciais para melhorar o transporte público antes do início do evento. Por ali, atravessando o Maciço da Pedra Branca, devem trafegar 10?000 veículos por dia. Em vez do caminho sinuo­so que demorava em média vinte minutos para ser percorrido, eles vão encontrar um novo trajeto, de 1,1 quilômetro, que leva pouco mais de um minuto. Não é preciso ser muito observador para perceber que os Jogos começam a deixar seu legado.

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