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Alunos organizam manifestação contra possível fechamento da UFRJ

Devido aos sucessivos cortes de verba desde 2013, somados ao bloqueio de R$ 41,1 milhões neste ano, os serviços da instituição estão ameaçados

Por Luiza Maia
Atualizado em 12 Maio 2021, 22h02 - Publicado em 11 Maio 2021, 13h01
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Retorno presencial: deve ocorrer a partir do próximo período letivo (Redação/Veja Rio)
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Diante do possível fechamento da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) por falta de verbas, alunos da instituição estão se mobilizando para denunciar e reverter a situação. “Já marcamos um ato para a sexta (14), orientando que sejam seguidas todas as medidas de segurança sanitária, e estamos articulando outras movimentações para construir uma grande campanha contra os cortes”, afirma a estudante Julia Vilhena, representante do DCE UFRJ.

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O ato está marcado para as 17h de sexta (14), em frente ao Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ (IFCS), no Largo São Francisco de Paula, Centro da cidade.

Sem recursos suficientes para manter o funcionamento de seus campi, laboratórios e hospitais, a universidade corre o risco de fechar as portas em julho.

Em artigo publicado pelo jornal O Globo na última quinta (6), a reitora da instituição, Denise Pires de Carvalho, e o vice-reitor, Carlos Frederico Leão Rocha, afirmam que os cortes sucessivos que a universidade tem sofrido ao longo dos anos ameaçam o pagamento de contas básicas como água, limpeza, segurança e eletricidade.

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O orçamento que a UFRJ dispõe em 2021, como pontua o texto, equivale a 38% do que a instituição recebia em 2012 e se agrava ainda mais com o corte de 18,4% – menos R$ 41,1 milhões – anunciado pelo Governo Federal no dia 29 de abril.

Esta redução no investimento afeta principalmente as pesquisas realizadas nos laboratórios da instituição, como os testes de duas vacinas nacionais contra a Covid-19.

“O governo optou pelos cortes e não pela preservação das instituições. A universidade está sendo inviabilizada. Em dez anos, nos restará perguntar onde estará a capacidade de resposta na próxima emergência sanitária e qual será a opção terapêutica milagrosa que colocarão à venda”, escreve a reitora no artigo.

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Veja a redução do orçamento destinado à instituição ao longo dos últimos anos:

2012 – R$ 773 milhões
2013 – R$ 735 milhões
2014 – R$ 611 milhões
2015 – R$ 606 milhões
2016 – R$ 541 milhões
2017 – R$ 487 milhões
2018 – R$ 430 milhões
2019 – R$ 389 milhões
2020 – R$ 386 milhões
2021 – R$ 299 milhões

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O possível fechamento da UFRJ também preocupa aqueles que entraram há pouco tempo na universidade.

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“É lamentável que nós, alunos, tenhamos que, em plena pandemia, ficar angustiados em relação ao futuro. Isso não é uma revolta individual. Os estudantes da UFRJ merecem uma reposta governamental para resolver o problema”, relata a caloura do curso de arquitetura e urbanismo Raissa Costa, que entrou na universidade através do SiSU.

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A UFRJ é considerada a maior universidade federal do Brasil, e a primeira instituição de ensino superior criada no país. Sob sua administração estão nove hospitais universitários e unidades de saúde, treze museus, mais de 1 450 laboratórios, 45 bibliotecas e um Parque Tecnológico de 350 000 metros quadrados. Ao todo, 65 000 estudantes, 4 000 docentes, 3 7000 técnicos-administrativos atuantes nos hospitais da UFRJ e 5 600 em demais unidades compõem o corpo da instituição.

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