As trinta Unidades de Polícia Pacificadora da cidade e seu efetivo, na faixa de pouco mais de 8 000 homens, não param de crescer. No último domingo, dia 3 de março, as treze favelas do Complexo do Caju foram ocupadas pelas forças policiais, no primeiro passo para serem contempladas com o programa das UPPs. Mas problemas recentes, como tiros disparados por traficantes na favela Chapéu Mangueira, no Leme, pacificada em junho de 2009, e o comércio da Mangueira fechado a mando do tráfico fizeram a Secretaria de Segurança Pública ampliar a atuação da Polícia Militar nas áreas retomadas. Cada UPP terá agora um núcleo de inteligência com quatro policiais, numa medida que visa a mapear melhor os morros para evitar surpresas desagradáveis, como essas recentes. Os agentes escolhidos para a função foram indicados pelos comandantes de cada unidade e tiveram que passar por um treinamento de capacitação.
A criação das equipes de inteligência já havia sido anunciada internamente, no boletim do Gabinete do Comando Geral editado em novembro. Esclarece o documento que o trabalho das equipes ?possibilitará a produção e o recebimento de documentos de inteligência entre os núcleos e as demais agências de inteligência da Polícia Militar, dinamizando o fluxo de dados e de conhecimentos sobre a criminalidade?. Com o novo grupo atuando, espera-se que os criminosos remanescentes nos morros pacificados tenham vida ainda mais dura. E que episódios como os dos morros da Mangueira e do Leme não se repitam.