Condecorada com o distintivo “Lealdade e constância” pela Polícia Militar e formada com nota máxima no curso especial de formação de cabos, a cabo PM Vaneza Lobão, tinha 31 anos e era considerada determinada e empenhada em suas funções na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM). Formada em direito e há dez anos na corporação, ela foi assassinada na noite de sexta (24), em frente de casa, em Santa Cruz. A policial dava expediente em serviços internos de inteligência na 8ª DPJM e não costumava participar de operações de campo. Apaixonada por futebol, Vaneza era casada com Thais, com quem morava.
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As principais linhas de investigação para explicar o crime, por enquanto, são duas: retaliação dos criminosos por conta do trabalho realizado pela policial — que investigava a atuação de milícias — ou o fato de milicianos suspeitarem que ela estaria passando à corporação informações sobre a movimentação dos bandidos no cotidiano da localidade onde vivia. Criadas na época áurea das Unidades de Polícia Pacificadora, as DPJM são voltadas hoje, basicamente, para a investigar a participação de policiais tanto nas milícias quanto no jogo do bicho.
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De folga, por volta de 21h30 da sexta (24), Vaneza estava pronta para ir à academia quando foi alvejada por tiros de fuzil em frente ao portão de casa. De acordo com o Disque Denúncia, com a morte da policial sobe para 52 o número de agentes mortos em ações violentas no estado do Rio de Janeiro em 2023. Do total, 46 são da Polícia Militar, três são policiais penais, um da é da Polícia Civil, um do Corpo de Bombeiros e um é da Guarda Municipal.