Polícia devolve celulares roubados no Rio: veja como recuperar o seu
Operação da 24ª DP (Piedade) encontrou 200 telefones móveis em central de desbloqueio de aparelhos subtraídos; pelo menos 60 deles já foram devolvidos aos donos

Quem nunca teve um celular afanado no Rio que atire o primeiro carregador inutilizado. A novidade é que a Polícia Civil começou, nesta segunda (17), a devolução de 200 aparelhos roubados ou furtados aos seus donos. Os aparelhos foram recuperados durante uma operação da 24ª DP (Piedade) contra o crime organizado, que descobriram uma central clandestina de desbloqueio de telefones móveis, além de apreenderem cinco toneladas de drogas e prenderam nove suspeitos, no fim de dezembro de 2024. A identificação dos proprietários foi um desafio, já que mais da metade das vítimas não registrou boletim de ocorrência ou deixou de informar o número do Imei, código único de cada aparelho. Sem esses dados, a polícia precisou recorrer às operadoras de telefonia para rastreá-los.
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Após três meses de investigação, foi possível colher as informações e, até o fim da manhã desta terça (18), cerca de 70 dos 200 telefones recuperados já foram devolvidos aos donos. Só na segunda (17), aproximadamente 60 pessoas procuraram a delegacia para buscá-los. A expectativa da polícia é de que ainda mais vítimas apareçam ao longo da semana, à medida que o trabalho de identificação avança. Segundo a delegada titular da 24ª DP, Kely de Araújo Goularte, no caso das vítimas estrangeiras, os telefones foram encaminhados para os consulados. “E enviamos e-mails para que esses turistas possam buscar seus aparelhos por meio das representações diplomáticas”, explicou a delegada à TV Globo, reforçando a importância do registro detalhado dos crimes: “É fundamental que, ao serem vítimas de roubo ou furto, as pessoas façam o registro de ocorrência e informem o número do Imei do telefone. Esse número é a identificação e a prova de propriedade do aparelho. É através dele que conseguimos rastrear e localizar celulares subtraídos, facilitando a devolução ao verdadeiro dono”.
O código Imei é composto por quatro grupos de números, e tem entre 15 e 16 dígitos, com ou sem hífen. Mas, afinal, como saber qual o Imei (Identificação Internacional de Equipamento Móvel), do seu aparelho? Há várias maneiras de descobrir – e deixar guardado num local seguro – este código que permite bloquear o celular e até ajuda na recuperação em caso de roubos e furtos. Esta identificação exclusiva e global pode ser acessada pelo código universal da seguinte forma: abra o discador do celular e digite *#06#. O número Imei aparecerá automaticamente. Outro caminho é pelas configurações do aparelho. No caso de Android, Configurações > Sobre o telefone, e no IPhone: Ajustes > Geral > Sobre. Em alguns modelos, o número do Imei vem gravado na bandeja do chip SIM. Mas para quem não está com o aparelho em mãos, é possível recuperar o Imei na caixa ou na nota fiscal. No site da Apple (para iPhones), também é possível obtê-lo: acesse o site
appleid.apple.com, faça login e consulte seus dispositivos. O Imei aparece nas informações.
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De qualquer forma, independentemente do número de Imei pode-se bloquear a rede de um celular roubado. Basta fazer o boletim de ocorrência e, em seguida, entrar em contato com a sua operadora de celular para efetuar o bloqueio. Mas, se o dono do celular não tiver esse número registrado, o bloqueio pode se tornar mais complicado. Ao acionar a operadora ou o programa Celular Seguro (celularseguro.mj.gov.br), impede-se que o aparelho se conecte às redes móveis, tornando-o inutilizável para quem o roubou. Desse modo, o aparelho praticamente não fará ligações nem será possível o uso dos dados 2G, 3G, 4G ou 5G. Ao acessar o Celular Seguro e ativar o botão de emergência, as operadoras e bancos são informadas, o Imei é bloqueado e o acesso a aplicativos bancários é restringido. Cada pessoa cadastrada no programa pode indicar pessoas de sua confiança que estarão autorizadas a efetuar os bloqueios, caso o titular tenha o celular roubado, furtado ou extraviado. Também é possível que a própria vítima bloqueie o aparelho acessando o site por um computador. O programa notifica operadoras e bancos, bloqueando o Imei e restringindo o acesso a aplicativos bancários.