Veja Rio Recomenda
Exposição Paço Imperial, peça teatral Em Nome do Jogo, show de Bob Dylan e peça infantil Histórias que o Eco Canta são as atrações imperdíveis da semana

EXPOSIÇÕES
Paço Imperial. Seis individuais inauguraram a temporada 2012 do endereço histórico: Dois Reais, de Matheus Rocha Pitta; Cadência, de Gabriela Machado; Aurora, de Rosana Ricalde; A Origem Mística de Portugal Vista do Brasil, de Rafael Alonso; Ocupação Macia, de Maria Lynch; e Estranha Economia, de Felipe Barbosa. Próximas umas das outras, as mostras podem ser encaradas como uma atraente coletiva de arte contemporânea. No acervo exposto, Gabriela encarrega-se do colorido da visita, com seis belas pinturas sobre linho. Outros dois artistas provocam agradável estranhamento. São: Rosana Ricalde, que se vale de linhas recortadas do livro As Mil e Uma Noites para fazer um novelo gigante batizado Fio de Ariadne, e, mais uma vez, Felipe Barbosa. É dele a original instalação que reproduz um quarto onde todos os objetos são forrados de notas de real picadas. Saiba mais na coluna Exposições.
TEATRO

Em Nome do Jogo. Em cartaz no Teatro Maison de France, o drama policial do inglês Anthony Shaffer oferece um saboroso jogo de pistas soltas e surpresas bem à moda da diva do gênero, sua conterrânea Agatha Christie (1890-1976). A peça, de 1970, chama-se, no original, Sleuth (em português, investigador). Com ótima tradução de Marcos Daud e direção ágil de Gustavo Paso, Marcos Caruso e Emilio de Mello divertem-se em cena. Ao descobrir que o cabeleireiro italiano Milo Tindolini (Mello) tem um caso com sua mulher, o escritor de romances policiais Andrew Wyke (Caruso) oferece ao rival uma proposta com cheiro de armadilha. Essa é a deixa para uma série de reviravoltas na narrativa, em que a cada momento um dos personagens parece estar no comando da situação. No cenário apropriado para a trama, com alçapões e paredes falsas, um assassinato, a entrada em cena de um detetive e outros acontecimentos guiam a sessão eletrizante até o final imprevisível. Clique aqui para ver os horários.
SHOW

Bob Dylan. Homem de poucas palavras longe do palco, o cantor e compositor americano já demonstrou seu afeto pelo Brasil de um jeito peculiar: expôs, em 2009, na Dinamarca, quarenta pinturas e desenhos com paisagens nossas. De volta ao país pela sexta vez, o astro folk de 70 anos começa a turnê por cinco capitais pelo Citibank Hall, no domingo (15). Robert Allen Zimmerman, seu nome verdadeiro, foi eleito em 2004, pela revista americana Rolling Stone, o segundo artista mais influente de todos os tempos ? depois dos Beatles, que ele, aliás, influenciou, a partir de um enfumaçado encontro em 1964. No repertório da nova visita ao Rio, a primeira em quatro anos, estão previstos sucessos que mexeram, ao mesmo tempo, com a música pop e a política, a exemplo de Blowin? in the Wind, Like a Rolling Stone e The Times They Are A-Changin?, além de faixas dos dois últimos álbuns de estúdio: Modern Times, de 2006, e Together Through Life, de 2009. Saiba mais na coluna Shows.
CRIANÇAS

Histórias que o Eco Canta. Encenado em 1994 pelo grupo Ventoforte, com texto e direção de um de seus fundadores, Ilo Krugli, o espetáculo é resgatado pela Cia. Escaramucha de Teatro. Um dos nomes mais importantes da dramaturgia infantil brasileira, Krugli, 81 anos, assume novamente a direção da peça, em cartaz no Teatro do Jockey. Embalados pela trilha sonora de Caique Botkay, outro criador do Ventoforte, nove atores encarnam papéis variados, além de cantar e tocar instrumentos ao vivo. Seus figurinos simples, de tons crus, vão ganhando adereços que contribuem para o desenvolvimento da narrativa. São apresentados três contos do escritor irlandês Oscar Wilde (1854-1900): O Aniversário da Infanta, O Rouxinol e a Rosa e O Gigante Egoísta. Contrariando a máxima das fábulas infantis, nenhuma das histórias tem final feliz – e, eis o engenho da montagem, não há, necessariamente, nada de melancólico nisso. Saiba mais na coluna Crianças.