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Natureza interior

Em voga no Rio, as paredes verdes, além do embelezamento, reduzem a temperatura e os ruídos do ambiente

Por Louise Peres
Atualizado em 5 jun 2017, 14h57 - Publicado em 16 jun 2011, 17h51
Blackkat / Divulgação
Blackkat / Divulgação (Redação Veja rio/)
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No lugar de quadros ou prateleiras, brotam do chão ao teto frondosas samambaias, avencas, bromélias e até grama. Em alta entre arquitetos e paisagistas da cidade, a novidade pode ser vista em diversos endereços residenciais e comerciais, a exemplo da estação do Morro da Urca, do shopping Rio Design Barra, da galeria de arte Luciana Caravello e da Galeteria Mormaço, no Jardim Botânico. Chamadas de jardins verticais, essas paredes verdes usam uma tecnologia que dá vida a um ambiente monótono, sem usar xaxins ou penduricalhos vegetais que invariavelmente sujam o chão. “É uma forma de trazer a natureza para o espaço interno”, ressalta o botânico Bruno Rezende. Ele importou da Austrália os princípios do “greenwall”, que permite a criação dessas estruturas com um consumo mínimo de água. Além de enfeitar uma sala e do lado ecológico, um tema caro aos nossos dias, a parede verde traz outros benefícios. Ajuda a reduzir o nível de ruído, a amenizar a temperatura e a melhorar a qualidade do ar. “Agora é possível colocar plantas nos interiores e mantê-las lindas e saudáveis”, afirma a arquiteta Mariana Travassos, que recorreu à técnica para forrar o muro interno da Galeteria Mormaço.

Fernando Frazão
Fernando Frazão ()

Nos jardins verticais, as espécies são cultivadas sem a utilização de terra. Colocadas em módulos emborrachados, de alumínio ou em tijolos pré-moldados, as mudas se enraí­zam nesses suportes, onde repousa um substrato formado por vinte ingredientes, como adubos e fertilizantes, fundamentais para o desenvolvimento do vegetal. “O material fica altamente nutritivo e, ao mesmo tempo, muito leve, permitindo a fixação dessas estruturas na parede, que tem de ser impermeabilizada antes”, detalha o engenheiro Paulo Renato Guimarães, sócio da empresa Ecotelhado. Um sistema de irrigação automático se incumbe de molhar as plantas. “Tinha de ser uma coisa prática, pois não tenho jardineiro”, diz a marchande Luciana Caravello, que decorou sua galeria de arte em Ipanema com uma parede de 5 metros de altura toda tomada por samambaias. “Ela faz o maior sucesso, mas é o luxo do luxo”, acrescenta. De fato, trata-se de um alto investimento. O preço dos módulos pode variar de 500 a 2?000 reais o metro quadrado. Para efeito de comparação, a mesma medida de um revestimento como o granito custa de 60 a 300 reais. A escolha das espécies fica a critério do cliente, desde que sejam adequadas ao clima e às condições locais. Plantas carentes de boa luminosidade são recomendadas para áreas externas, mas é possível cultivá-las também em ambientes equipados com lâmpadas especiais. Nestes tempos de desmatamento, vários endereços do Rio fazem o caminho inverso.

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