Continua após publicidade

Não vai ser desta vez: tentativa de vender Edifício A Noite fracassa

Mesmo com desconto de 60%, não emplaca pela terceira vez iniciativa da Secretaria do Patrimônio da União de negociar imóvel que foi sede da Rádio Nacional

Por Da Redação
Atualizado em 14 jul 2022, 15h51 - Publicado em 14 jul 2022, 15h34
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Mesmo com valor 60,71% inferior aos 98 milhões de reais pedidos na primeira tentativa de venda, em abril de 2021, fracassou pela terceira vez em dois anos a tentativa da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) de se desfazer do Edifício Joseph Gire, mais conhecido como A Noite. Ninguém apareceu para participar da concorrência virtual nesta quinta (13). Um dos marcos arquitetônicos da história do estilo art-déco do Rio, o prédio construído no fim dos anos 1920 na Praça Mauá, e então considerado o maior arranha-céu da América Latina, foi ofertado por 38,5 milhões de reais.

    + Patrimônio da boemia: imóvel do restaurante La Fiorentina é tombado

    Fechado desde 2012, o imóvel gera custos de 2,4 milhões de reais por ano aos cofres públicos, para manutenção, segundo o superintendente da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), Paulo da Silva Medeiros, no processo que autorizou a nova concorrência. A aposta no mercado era que, caso houvesse comprador, o prédio fosse parcialmente ou integralmente convertido em residencial, por estar em uma área da Zona Portuária que se valorizou por conta do projeto Porto Maravilha. Mas documentos anexos ao edital mostram que o edifício, tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico Nacional (Iphan), terá que passar por muitas intervenções.

    O órgão apontou ainda para a necessidade de recompor marquises, reconstituir elementos decorativos de todas as fachadas, incluindo a instalação de persianas de enrolar nos vãos e reformar as marquises. As fachadas do térreo também estão descaracterizadas e precisariam de
    intervenções.

    + Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui

    Continua após a publicidade

    Em entrevistas ao jornal O Globo, tanto o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscom) e vice-presidente da Câmara Brasileira da Construção Civil, Cláudio Hermolin, quanto o presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-RJ), Marcos Saceanu, consideram que o preço pedido pelo Governo Federal pelo imóvel continua fora da realidade do mercado. “Primeiro, porque precisa de uma grande intervenção de engenharia para fazer a transformação de uso e executar as obras para se tornar um empreendimento atrativo. E hoje, temos um preço limite de valor venda de unidades residenciais no Centro, que é de 9,5 mil reais e 10 mil reais por metro quadrado”, disse Hermolin. “A percepção é uma só: pediram um preço que o imóvel não vale. A questão é esse impasse desgasta um ativo que é um marco da cidade”, acrescentou Saceanu.

    Publicidade
    Publicidade

    Essa é uma matéria fechada para assinantes.
    Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    Impressa + Digital no App
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital no App

    Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

    Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
    *Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

    a partir de 35,60/mês

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.