Vendas de armas de gel, proibidas para menores, aumentam no Natal

Segundo Inmetro, no entanto, as gel blasters não são brinquedo e nem podem ser vendidas em lojas que não são especializadas

Por Da Redação
Atualizado em 19 dez 2024, 17h02 - Publicado em 19 dez 2024, 17h02
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Suposto brinquedo: réplicas de peças usadas no airsoft, um esporte de tiro recreativo, devem ser vendidas em lojas especializadas e para maiores de 18 anos (Inmetro/Reprodução)
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A preços que podem alcançar R$ 210, modelos de gel blaster – armas coloridas que utilizam bolinhas de gel como munição – estão sendo comercializados como brinquedos no comércio do Rio. Às vésperas do Natal, lojas e ambulantes como os da Saara estão com estoques renovados do item importado da China à disposição dos interessados em reproduzir a atmosfera de jogos de combate do universo do videogame, como Call of Duty e Fortnite. Mas, segundo o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), por lei essas réplicas de peças usadas no airsoft, um esporte de tiro recreativo, devem ser vendidas em lojas especializadas, e apenas para maiores de 18 anos. A comercialização do suposto brinquedo inclusive já foi proibida nas cidades de Olinda e Paulista, em Pernambuco. No Rio, o assunto está em discussão na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa.

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Além do perigo de as bolinhas caírem nos olhos de crianças e adultos, as supostamente inocentes armas de mentirinha, empunhadas em vídeos nas redes sociais, chegam a assustar de verdade e podem ser confundidas à distância, o que também representa um risco para quem as segura. A Polícia Civil esclareceu ao jornal O Globo que o uso de armas de gel para recreação não é crime, mas qualquer artefato semelhante a uma arma de fogo que não tenha ponta laranja ou vermelha capaz de diferenciá-lo de uma arma real poderá ser apreendido como simulacro. Em nota ao jornal, o Exército explicou que lançadores de gel “funcionam com a utilização de baterias e não se confundem com armas de pressão, como airsoft; não apresentam poder destrutivo, uma vez que as bolinhas de gel de 8mm são lançadas a distâncias de 5m a 10m e ao atingirem o alvo se desfazem sem causar qualquer dano”.

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No Rio, vídeos de batalhas de gel nas ruas viralizam nas redes sociais. Em registro da semana passada, dois policiais militares abordaram jovens na cidade de Volta Redonda, no Sul Fluminense, que usavam armas de gel enquanto “brincavam de arrastão”. Na noite da última quinta (12), jovens carregando gel blasters atravessaram as pistas da Avenida Brasil, correndo entre os carros. Em outro vídeo, da semana passada, um grupo empunhando réplicas tomou um caminhão da Comlurb para usá-lo em uma “batalha” em Senador Camará, na Zona Oeste. Sobre esses dois casos, a PM informou ao Globo, em nota, que “não houve acionamento para as ocorrências” e que alerta sobre “os riscos de portar esse tipo de brinquedo em via pública”. “Sendo identificados simulacros de arma de fogo, os envolvidos podem ser conduzidos para a delegacia”, acrescentou.

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