A defesa do vereador Carlos Bolsonaro divulgou uma nota nesta quarta (31) afirmando que “não possui qualquer ligação com a Abin e tampouco solicitava e/ou recebia de pessoas vinculadas à agência qualquer tipo de informação e dados de terceiras pessoas”. Na segunda (29), Carlos foi um dos alvos de operação da Polícia Federal que mirou o chamado “núcleo político” envolvido no suposto uso de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionagem ilegal. A suspeita dos investigadores é que o filho 02 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu informações obtidas ilegalmente pela Abin.
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O uso indevido da Abin teria ocorrido quando o órgão era chefiado por Alexandre Ramagem, que é aliado de Bolsonaro. Nesta segunda (29), foram autorizados mandados de buscas e apreensão na residência de Carlos Bolsonaro e na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, assim como na casa da família Bolsonaro em Angra dos Reis, onde estavam o ex-presidente e os filhos – na véspera o clã tinha transmitido uma live nas redes sociais. Ninguém foi alvo de mandado de prisão.
Carlos Bolsonaro foi ouvido na terça (30) na Polícia Federal. Segundo as investigações, assessores dele, que também foram alvos da operação, teriam pedido informações a Alexandre Ramagem, hoje deputado federal pelo PL, quando ele era o diretor da Abin.
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Na nota de Carlos Bolsonaro, assinada pelo advogado Antonio Carlos Fonseca, o vereador informa que na segunda (29) sua defesa protocolou no Supremo Tribunal Federal o pedido de acesso aos autos da investigação que deu origem à operação da Policia Federal deflagrada naquele mesmo dia. O pedido ainda não foi analisado.