Um balanço divulgado pelo Núcleo de Estudos ISPMulher, do Instituto de Segurança Pública, mostra que cerca de 251 mulheres foram vítimas da violência no Rio por dia. Ao todo, 73 000 sofreram algum tipo de agressão no estado entre os meses de março e dezembro de 2020. Durante o período, foram registrados 65 feminicídios, ou seja, crimes cometidos apenas pelo fato de serem mulheres.
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O número é 27% menor que o registrado no mesmo período de 2019 (102 344 vítimas), o que pode indicar uma subnotificação por causa das medidas de restrição geradas pela pandemia.
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“Acreditamos que essas mulheres, muitas vezes, por estarem confinadas no mesmo ambiente dos agressores, não puderam procurar os órgãos que tradicionalmente as oferecem ajuda. Isso mostra o tamanho do desafio do Estado no enfrentamento a um tipo de violência que acontece intramuros e que, muitas vezes, é normalizada.”, afirma Marcela Ortiz, diretora-presidente do ISP.
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No ambiente doméstico foi registrado o maior número de casos, cerca de 60%, com aumento também do percentual de ocorrências de crimes mais graves. Além disso, a pesquisa aponta que mais de 80% dos agressores foram os companheiros ou ex-companheiros das vítimas nos registros enquadrados na Lei Maria da Penha.
As áreas do estado que registraram mais crimes contra a mulher foram: Cidade de Deus, na Zona Oeste, Austin, em Nova Iguaçu e Campo Grande, também na Zona Oeste do Rio.
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Conheça canais para denunciar casos:
- Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher do governo federal.
- Núcleo Especial de Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem), órgão da Defensoria Pública do Rio – telefones: (21) 23326371; (21) 23326370; (21) 972268267 ou e-mail – nudem@defensoria.rj.def.br.
- Disque 190 – Polícia Militar.
- SOS Mulher – Comissão de defesa dos direitos da mulher da Alerj – telefone: 08000 282-0119.
- App PenhaS – Disponível para aparelhos iOS e Android desde 2019, o aplicativo ganhou uma versão com novas funcionalidades para ajudar mulheres em situação de violência doméstica. É possível baixá-lo pelo link.