Na infância de Jorge Fernando, uma de suas maiores alegrias era chegar à estação das barcas da Praça XV, no Centro. Ali, ele embarcava numa rápida viagem que o levava ao seu destino favorito de fim de semana: a Ilha de Paquetá. “Andava muito de bicicleta, brincava naquelas ruas, corria pelas praias. Para mim, era como ir às Bahamas”, conta. A atmosfera bucólica e a proximidade do Rio ? o trajeto a partir do Centro dura apenas 45 minutos ? fizeram com que o diretor e ator elegesse o bairro como seu principal refúgio também na vida adulta. Por trinta anos, ele manteve um imóvel na ilha, para onde costumava fugir depois de um dia extenuante de trabalho. “Tomei muitas decisões da minha vida e ensaiei diversos trabalhos por aquelas bandas”, recorda ele, que encena até domingo (10) seus monólogos Boom e Salve Jorge Fernando no Imperator. O volume de compromissos profissionais e a falta de tempo para cruzar a baía, no entanto, fizeram com que optasse por vender a propriedade no ano passado. Mas o arrependimento já bateu. “Estou louco à caça de uma casa nova. Quem souber de alguma me avise.”
“É um paraíso que tinha tudo para ser um grande chamariz turístico para o Rio. Não entendo como as autoridades não percebem isso”
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