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Vulcão na Baixada? Geólogos descartam erupção após relatos de estrondos

Moradores de Queimados ouvem estrondos e temem atividade vulcânica na vizinhança; geólogos descartam riscos

Por Da Redação
16 out 2023, 12h17
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Parque do Vulcão: local atualmente é uma serra, produto de um processo erosivo, há milhares de anos. (Prefeitura de Nova Iguaçu/Divulgação)
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Uma série de estrondos vem assustando os moradores de Queimados, na Baixada Fluminense. O primeiro deles, segundo relatos, aconteceu no dia 5 de outubro, ao meio-dia. E um segundo foi ouvido durante a noite, no dia seguinte. Com medo, a vizinhança passou a temer até a volta à ativa de um vulcão que existe na região. Mas geólogos afastam qualquer risco de erupção. Uma pedreira que funciona no município também negou que tenha realizado qualquer explosão no período. O problema segue sendo um mistério.

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“Foi um estrondo assustador, porque a gente não está acostumado, né? Foi uma coisa diferente, assim”, contou nesta segunda (16) ao Bom dia Rio, da TV Globo, o técnico de radiologia Bruno Soares. “A gente desceu correndo, eu e meus filhos, ficamos aqui embaixo. A sensação que a gente tinha era que o prédio ia explodir, entendeu?”, completou a influenciadora Pâmela Morena.

As redes sociais foram tomadas de postagens relacionando a explosão ao chamado “vulcão de Nova Iguaçu”, que fica localizado no Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu, popularmente apelidado de Parque do Vulcão. A área de 1.100 hectares faz parte do Maciço do Mendanha, uma serra que corta boa parte da Baixada Fluminense, e conta com lagos e cachoeiras, o que atrai muitos visitantes. Mas especialistas afirmam que o tal vulcão nem existe mais. “Ele não está adormecido, ele não vai acordar. Ele já existiu há muitos anos. E a população pode ficar tranquila. Já cessou a atividade magmática. Isso aconteceu há aproximadamente entre 145 milhões a 65 milhões de anos”, afirmou ao telejornal a geóloga Marcela Lobato, da Uerj. Segundo ela, o que há no local atualmente é uma serra, produto de um processo erosivo, há milhares de anos. “E, na verdade, para se classificar como edifício vulcânico, aquela região, aquela localidade deveria ter vários elementos, vários critérios”, explicou ela.

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A outra hipótese para solucionar o mistério também foi descartada por autoridades. Após uma visita técnica, a prefeitura de Queimados confirmou a versão da pedreira que funciona no município, que divulgara nota dizendo que não fez nenhuma ação e que não tem relação com os estrondos. O poder municipal, no entanto, confirmou que houve estrondos perceptíveis em algumas regiões, embora não tenham sido recebidos relatos de ocorrência significativa. E que não houve registro de abalo sísmico na região nem identificados danos ou prejuízos. A Polícia Militar afirmou que não teve registrou nehum relato relacionado ao caso, assim como a Polícia Civil, que orienta a população a procurar a delegacia mais próxima para apresentar informações sobre os fatos.

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